segunda-feira, 9 de julho de 2012



querido governo, desta vez ofereço-te uma imagem que ilustra bem tantas situações...ocorre-me assim de repente,para além do óbvio: a vaca é o Estado que tu conduzes, a muitos km´s desgovernados. O menino é todo aquele que mama à conta, directamente da fonte. Pediste para te ajudarmos a pensar em que deveríamos cortar, visto que a resposta à pergunta que fiz há algum tempo foi respondida: é inconstitucional o corte dos subsidios. Viste, são inalienáveis! Podias-nos ter poupado, mas já arrecadaste largos milhões sem muita oposição e sem seres obrigado a devolver (outros quinhentos). Surpreende-me a tua pergunta! Então não tens cérebros suficientes a pensar no desgoverno deste teu quintal relvado, ou ainda há mais algum licenciado no teu grupo de amizades à espera de se lhe ver reconhecidas competências com créditos pela longa e brilhante vida profissional e precises dos medianos e tontos tugas que não percebem nada de empreendedorismo e oportunidades para te dar ideias? Escuta (como diz o outro),pega na imagem, vê se tens alguma ideia e desaparece. Vai masé trabalhar!

sábado, 7 de julho de 2012

domingo, 1 de julho de 2012

Querido governo: hoje vou-te embaraçar de novo, com o desporto, com as artes e com a cultura indo buscar as tuas promessas. Sim, aquela que um certo coelho antes de se tornar o presente envenenado da Nação prometeu defender.

A cenoura que ele colocou na frente dos nossos narizes numa fantástica campanha de marketing manipulador: Cultura lembras-te? Seria a tua missão e já agora deixa-me dizer-te: é a tua obrigação. Como somos um país supostamente “pobre” e de “poucos recursos” (não falo do mar,do sol,do vento,do clima etc etc), reduzido a serviços merdosos por exclusividade dos que nos andaram a “desgovernar”, no mínimo, apoiar a criatividade e ajudá-la a expandir-se seria digno de um governo digno.

Cultura: a única que tens , como diz o outro, é uma enorme “cultura de bactérias” no teu seio. A cultura, ia ficar sob a tua protecção antes de começares a fazer caganitas dignas das bostas das vacas, das vaquinhas açorianas amadas do sr Silva. E até te deves ter rido como elas (com as vacas do sr silva) quando começaste a talhar a relva onde a dita (cultura) deveria crescer.

Do cinema ao teatro, ao desporto, às associações culturais, aos apoios das autarquias, vá de aparar o relvado. Há que não deixar manifestar-se esta gente que pensa, sonha e quer ser livre. Podem-se tornar perigosos…como os malucos quando falam e dizem o que vai no coração de todos.

Há uma linha que nos une a todos os portugueses pelo orgulho e nos separa de ti querido governo e dos restantes que andaram a partilhar contigo o poder e que mesmo com tanto desbaste e desgaste, não conseguiu fazer esta gente desistir dos sonhos.

Hoje não se sente orgulhoso quem não quiser. As razões são imensas e só vou falar de algumas (umas tocam-me particularmente no caso do teatro ), tantos são os exemplos:

somos um povo resiliente, a dar provas disso e quase sem apoios: foi através da selecção de miudos com sindroma de down campeões do mundo, a medalha de ouro da atleta Ana Dulce nos 10.000 hoje (esta é a prova em que a grande Lurdes Mutola se notabilizou), são os restantes atletas (incluindo o honroso lugar no Euro), gente das artes que se distinguem fora e dentro de portas (a Joana Vasconcelos em Versailles é mais um exemplo).

Mais importante é que a grande maioria quase ou nem sequer tem apoios e no entanto prova o que vale, ganha medalhas e campeonatos. Espalham talento, são empreendedores como nunca a alvarite, a gasparite, a relvite ou outras palavras terminadas em “ite” como a cretinice que vos polue os cérebros, alguma vez chegarão a ter.

Aprendam com estes exemplos que vêm do povo. É desta fibra de vencedores que também é feito o sistema nervoso deste povo. E eu penso que quando a arte, a cultura, o desporto, em resumo a criatividade toma conta da alma de alguém, os sonhos acontecem:

Numa corrida de obstáculos, num salto em comprimento, num jogo de futebol, num sapato gigante feito de garrafas, numa peça de teatro que estreia com vários actores sem receberem um tusto, num filme com dinheiros de mecenas, seja lá como for, apenas por empreendedorismo e amor à arte, eles voam alto e “não há machado que corte estas raízes”.

Quando “a vida não chega” começa a manifestar-se e a derrubar qualquer obstáculo, logo, derrubar –vos é possível ! Aprendam com os verdadeiros empreendedores, vocês nunca chegarão aos calcanhares desta malta! Alguns de vós nem sequer conseguem ter uma licenciatura limpa.

Cuidado, cuidem-se, o vírus está no nosso organismo e tudo é possível para este povo.