quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Traços de momentos e viagens -Livro





















Amanhã às 10:30 hora de PT darei a minha 1ª entrevista na RDP África sobre o lançamento dos meus Traços.
África na casa oyéee!! 

Viva a literatura.
À noite lanço as minhas estórias, momentos e viagens para quem as quiser ler.
Um profundo agradecimento a todos.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Somos todos Tordos



Na espuma dos nossos dias,

A emigração está na génese da tribo Lusa. Direi melhor, na génese da tribo humana.
Todos sabemos, todos vivemos esta experiência ou temos alguém amigo ou da família que empreendeu esta viagem de descoberta. De descoberta de um mundo novo para além da nossa pouca terra e de pouca gente, fustigada por tantos adventos e pessoas nocivas.
Somos frágeis e vulneráveis como as gazelas à noite no Kruger National Park (do tamanho de Portugal) e somos espertos e sagazes como os leopardos, quando necessitamos de aguçar a arte de caçar.
Fomos na Companhia das Indias Orientais, fomos para o Brasil, para África, para a Europa. Sempre por um desígnio maior. Crescer e desenvolver, sair da miséria ou gamar com style.
Às vezes nem por isso. Mais semelhantes às hienas. Matreiras e velhacas. Como dizia Chico Anísio, este animal ri o dia todo, come a própria merda e tem sexo 1 vez por ano. Ri de quê?
Da inveja de ver os restantes animais terem mais sorte, coragem, engenho, arrojo e falta de medo?
Neste momento já não temos para onde nos virar cá e tomamos uma nova estrada. Equipados com o violão, o canudo, a mochila, o portátil, o ipod e algumas capacidades inactas, bem como as adquiridas.
E as experiências de 900 anos de História dos antepassados e da família directa ou indirecta. Somos todos tordos.
Pais, avós e filhos em sofrimento. A maioria com nome, mas sem ser conhecida. Os conhecidos e desconhecidos que partem é porque têm as qualidades dos leopardos. De ontem e de hoje. Não lançam queixumes, constatam factos.
Quantos tordos (que me desculpem os donos do nome por falar assim mas é com respeito) há por aí que se separaram das famílias, por terem sido prejudicados por estas hienas? Eu sou uma delas. Por várias vezes saí e regressei. Vou ter de o fazer de novo agora que até gostava de ficar aqui,mas não posso. Tenho filho, neta, família, tribo, aqui. Não me queixo, mas responsabilizo com factos, os verdadeiros responsáveis. Como o Tordo.
Quantos há por aí que não podem pagar descontos à Segurança Social porque não recebem para isso? E às vezes nem recebem de todo, por causa de um relação de trabalho inventada a que se chama recibo verde?
E tantas outras.
Desafio o 1º não pecador atirar a 1ª pedra.
Quem roubou o meu país para ele hoje “estar melhor mas não ter as pessoas a viverem bem nele” (frase ministeriável), excepto alguns claro!
Não foram estes que saem ou que ficam e levam uma vida comum e simples e tudo o que querem é ser simples e comuns e dar vida aos filhos e ter vida própria nas suas artes ou engenhos. Os que ficam são igualmente bravos. 
Tal como as gazelas, não saem do seu habitat só porque há predadores à espreita.
Têm que ter o direito de escolher ficar. Como eu tenho o direito e a liberdade de querer partir.
Nunca que esta me seja imposta como única saída para a minha vida.
Quem roubou o meu país tem nome e está ou esteve no governo do meu país. São eles os exemplos que nos projectam a imagem de que gamar coisas pequenas, ou enganar aqui ou ali, ou fugir aos impostos não faz mal. Hoje fujo se puder porque ladrão que rouba a ladrão tem 100 anos de perdão.
Chamem-se os responsáveis pelos roubos no BPN, BPP, Banif, submarinos, PPP´s e tantas outras soluções de engenharia financeira encontradas com as entradas massivas de dinheiros vindas de um qualquer cofre e não do trabalho e, encontramos os afundadores deste meu país.
Às hienas invejosas dos tordos deste meu país digo com carinho, kiss my ass!
Riem-se de quê?

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

La Palisse disse: “A vida das pessoas não está melhor, mas o país está muito melhor”.



Na espuma dos nossos dias,


La Palisse disse: “A vida das pessoas não está melhor, mas o país está muito melhor”.

Ah não, foi um político daqueles de pacotilha que andam aí de cueca Hugo Boss ao tentar fazer psicologia invertida. Fui ver se era gente.
Não, gente não é certamente.
E nem um cérebro vazio bate assim.
Para que precisamos de um país e ainda por cima com pessoas? Uma absoluta redundância.
Imbecis que somos! Eu e todos vocês que não vêm quanta filosofia está contida nesta frase.
Este é o resultado do ralatório de avaliação aos bons alunos. O próximo PISA vai incorporar esta análise de medição de literacia.
Que a nossa vida não está melhor é elementar meus caros, qualquer um constata, ao passear nas casas de Massamá a Cascais, passando por Alcântara na sede da caridade da Jonet.
Já para não falar no interior do país ou até em Vilã Chã onde chegaram as ondas gigantes e as cheias.
A vida apenas e somente piorou por causa dos temporais e isso preocupa o político.
A vida piorou porque os portugueses deixaram de surfar, já que agora só o McNamara tem autorização da protecção civil para andar na rebentação da Nazaré.
Mas que o país, esse sim, está muito melhor, é a maior evidência.
Deixou de haver hora de ponta. As estradas estão vazias, a cidade está adormecida. Um país zen à beira de um spa plantado. A fazer curas envoltos em chocolate.
Está melhor porque os portugueses que se aproximam da costa já não vão para fotografar a Rute menina e moça que passa, mas sim com a intenção de serem levados na Companhia das Índias Orientais da tempestade.
A justiça está melhor e corre ligeira. Todos são inocentes e absolvidos. Deixou de haver crime e corrupção. Os tribunais respiram de alívio.
As escolas são um paraíso. Os profes com lugar na mesma, de preferência já entregam a cátedra aos doutos alunos. Eles, os alunos, que governem à facada ou à praxada tanto faz, para que reine a paz.
A polícia suicida-se ou vai para o cadeirão do psiquiatra e deixa em paz os cidadãos em paz. A estes começa a faltar a energia, o gás, a água, a luz, a comida e com a escassez, vem a inércia.
O povo que consegue emigra às paletes. Os que ainda arranjam um estágio não remunerado aos 45 anos e os jovens que trabalham sem receber, aguentam-se porque ainda querem salvar a calçada portuguesa e as manifestações de arte com tampas plásticas, protegida e incentivada pelo regime.
O Coelho, o Vice, os ministros e a pilha de assessores que ainda restam, juntamente com as novas telefonistas, cumprem a magna tarefa de sacar os olhos dos contribuintes, dentro dos gabinetes protegidos.
Nas longas reuniões de brainstorming de onde saem as pérolas de ostras estragadas que debitam em frente às camaras de tv, bebericam as reservas dos bons tintos alentejanos vencedores de prémios, que os há com fartura, dada a pouca concorrência para os comprar.
A Esteves está finalmente como quer. De bem com a vida e a ver o país como previu. Há algum tempo sentia o desconseguimento frustracional do país melhor. Digamos que agora tem a aplicação certa no soft qualquer coisa que criou, juntamente com este político filósofo.
Um conseguimento:
Um país melhor, com moribundos imbecis sem chatear…
Enquanto estas mentes brilhantes se perfilam como candidatos a bolsas de doutoramento em filosofia sobre o futuro projeccional no jogo do monopólio com o qual se divertem, eu vou directa para a prisão por blasfemar, sem pagar na casa de partida.
Apenas desconsigo parar o desarranjamento intestinacional que me faz a excelsa filosofia da vampiragem.
Saúde, a que for possível e liberdade, nas cabeças. A tanta imbecilidade respondo com um carinho: “kiss my ass”!

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Ocean´s 5 – A agenda do roubo




Na espuma dos nossos dias,

Eis que silenciam metodicamente os que podem dar com a língua nos dentes.

Diz Luis Fernando Veríssimo sobre o povo brasileiro: «Incrível, realmente incrível, é o brasileiro que leva uma vida decente mesmo que tudo à sua volta o chame para o desespero e a desforra».
Eu substituiria povo brasileiro por povo global.

Se estivesse a ler um policial da Christie sabia que Poirot resolveria este mistério. Se estivesse a ler Highsmith, sabia que Ripley, talentoso como ele, conseguiria mais uma vez, safar-se com o crime e ver a sua fortuna aumentada. 

Não, não estou a falar de mais um livro, estou mesmo a pensar na realidade. A ler o que apreendo de várias pessoas que estão a ligar os pontos como num conto policial.
A realidade é a arte maior na criação de histórias que superam a ficção. 

Tijolo a tijolo se constrói o cenário e retrato a retrato se formula a história do maior roubo da História da Humanidade. 

Uma história de gangsters e banksters que usam o mundo para perpetrarem sem qualquer vergonha o grande crime de todos os tempos.
Para que este crime tenha sucesso e se concretize, qualquer tentativa para o desmascarar deve ser eliminada. Elementar, meus caros!
Silenciamento metódico de personagens que podem colocar em risco o projecto final. 

São os pontos desta equação nas figuras dos homens ligados às Instituições financeiras que nos comandam a vida, que estão a ser eliminados quais personagens de uma história de ficção. 

Dan Brown não terá pensado neste argumento, mas ainda vai a tempo de criar mais um best seller.
Com a minha fértil imaginação dou umas dicas ao D.Brown: Existe uma agenda própria com um plano elaborado pelos Big five aqui nesta selva (Reserva Federal, Corporações, Governos mundiais, Instituições Financeiras, Media). 

No mundo financeiro desregulado e antes sim, de facilitação e cooperação entre os animais da selva, há 7 biliões de espectadores menos 1%, que vive na ilusão criada pelo cenário dos magos.
A ilusão do “desenvolvimento” e da criação de riqueza com base na produção/trabalho escravo e total dependência do dinheiro.

Passemos ao palco: para que a magia seja perfeita, o ilusionista precisa do tempo certo para colocar todos os adereços no local exacto e com eles criar o efeito desejado. Nada pode distrair o espectador e a precisão é a chave para o sucesso. Até num roubo à escala mundial.

Esta é a magia para realizar o maior roubo da história da Humanidade (a todos os que possuem bens e dinheiro) por aqueles que deixamos que sejam as primas-donnas deste enredo: os ladrões no poder.

Num momento de loucura pessoal imagino Adolfo e Josef a rirem-se a ver a repetição da perversidade deste momento histórico e dos continuados e profundos desequilíbrios, imoralidades e ganância.

E tu espectador 5.965432 ainda estás sonâmbulo e alienado desta novela que passa em horário nobre?
Somos seres criativos, inteligentes, somos movidos a desafios e estamos todos ligados. Podemos criar alternativas para estragar o número aos “magos”.

Há uma linha fina que separa ficção de realidade. Que separa a vida na prisão, da vida em liberdade fora das actuais grades.
A escolha sobre o lado em que queremos estar pertence-nos.

Até ao momento certo para ocorrer a magia, a novela continua…num banco, num governo e num média perto de si.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Amor é foda que arde sem se ver



Na espuma dos nossos dias,

O amor celebra-se como o Natal. Quando eu quiser. E não na pepineira do dia do comércio dos corações.
Ou como qualquer outra manifestação que nos seja importante no íntimo da alma e não no íntimo do espírito comercial.
Que o amor manifeste a nossa intenção de fé e esperança na união da nossa alma com a de outra pessoa. Cada dia.
Que o santinho do dia nos valha. Em tudo. O que me faz pensar hoje nas leis de Murphy e na teoria do caos através de uma história de amor como exemplo.
Tom saiu de casa para a consulta. Estava atrasada e sentia-se angustiada. Desde manhã que sentia uma estranha impressão. Parecia que tudo ia correr mal. Acordou e bateu com o tornozelo na esquina da cama. Entrou no carro e quando o tentou pôr a trabalhar o carro não se mexeu. Saiu do carro sem saber o que fazer e olhou para o pneu. Furado com um prego. Tom decide que vai de comboio. Chega à estação e ouve o apito da despedida. Resta-lhe esperar.
A lei de Murphy. O que parece que vai correr mal corre pior.
Finalmente sentada na carruagem, à sua frente vai Sam um rapaz com um ar brincalhão e de olhos profundos. Sem que o esperassem e como se conhecessem começam a conversar. Sam conta-lhe que deveria ter ido de boleia com amigos para a faculdade, mas a avó pedira-lhe para levar o cão ao veterinário nessa manhã cedo o que o levara a apanhar o comboio. Conhecem-se, gostam-se e criam a empatia que os iria ligar, necessária ao amor. Sam e Tom acabavam de mudar as suas vidas a partir destas duas leis.
O que é aparentemente uma casualidade com poucas probabilidades de alterar o que quer que seja fez com que se conhecessem e o curso das suas vidas se alterasse.

O comboio corre veloz por entre o temporal. Um pequeno engano invisível acontece, numa curva, o comboio sai dos carris e acontece um acidente.
Sam e Tom contam-se entre as vítimas.
Teoria do caos, ou efeito borboleta que tantas imprevisibilidades trazem para as nossas vidas, alterando-a. Aliada às leis de Murphy.
Se pensarmos no amor como vindo da aliança entre estas leis talvez consiga compreender melhor o puzzle das minhas histórias de amor. Ou dos outros.

Aparentemente como nos diz a matemática, “equações idênticas aparecem em fenómenos caóticos que nada têm a ver uns com os outros” o que pode querer dizer que existe uma ordem bizarra por detrás das situações que parecem improváveis.

A ordem bizarra das coisas ou talvez a ordem certa é que na natureza tudo é perfeito excepto a raça humana.

Se desejares muito uma coisa, cuidado pode-te acontecer e se a temeres, também. Isso é Murphy.
Se estiveres sozinho e num pequeno acidente casual a seta de Cupido vier direita a ti, isso é Caos.
Se der como resultado a química de corpos físicos celebra na mesma antes que a os resultados negativos da lei de Murphy se interponham.
Se apenas te restar o gato ou o cão para cantares a canção do Titanic, bebe a garrafa de vinho que a tua avó te ofereceu, quando casualmente encontrou a garrafeira perdida do teu avô no sótão. Isso também é amor.
Que nos valha o São Valentim pela falta de amor que os políticos nos demostram e que pelas leis de Murphy podemos esperar o pior e na teoria do caos, para lá nos dirigimos. A borboleta bateu asas no Ártico e a tempestade chegou-nos.

Viva o amor que é o elemento que todos precisamos. Todos os dias, em tudo.
Que mesmo com imprevistos e experiências negativas, todos encontrem num abraço os braços que aqueçam o coração, nas palavras de amor o beijo onde as almas se encontram.