Eis que silenciam metodicamente os que podem dar com a língua nos dentes.
Diz
Luis Fernando Veríssimo sobre o povo brasileiro: «Incrível, realmente incrível,
é o brasileiro que leva uma vida decente mesmo que tudo à sua volta o chame
para o desespero e a desforra».
Eu
substituiria povo brasileiro por povo global.
Se
estivesse a ler um policial da Christie sabia que Poirot resolveria este
mistério. Se estivesse a ler Highsmith, sabia que Ripley, talentoso como ele,
conseguiria mais uma vez, safar-se com o crime e ver a sua fortuna aumentada.
Não,
não estou a falar de mais um livro, estou mesmo a pensar na realidade. A ler o
que apreendo de várias pessoas que estão a ligar os pontos como num conto
policial.
A
realidade é a arte maior na criação de histórias que superam a ficção.
Tijolo
a tijolo se constrói o cenário e retrato a retrato se formula a história do
maior roubo da História da Humanidade.
Uma
história de gangsters e banksters que usam o mundo para perpetrarem sem
qualquer vergonha o grande crime de todos os tempos.
Para
que este crime tenha sucesso e se concretize, qualquer tentativa para o
desmascarar deve ser eliminada. Elementar, meus caros!
Silenciamento
metódico de personagens que podem colocar em risco o projecto final.
São
os pontos desta equação nas figuras dos homens ligados às Instituições
financeiras que nos comandam a vida, que estão a ser eliminados quais
personagens de uma história de ficção.
Dan
Brown não terá pensado neste argumento, mas ainda vai a tempo de criar mais um
best seller.
Com
a minha fértil imaginação dou umas dicas ao D.Brown: Existe uma agenda própria
com um plano elaborado pelos Big five aqui nesta selva (Reserva Federal, Corporações,
Governos mundiais, Instituições Financeiras, Media).
No
mundo financeiro desregulado e antes sim, de facilitação e cooperação entre os
animais da selva, há 7 biliões de espectadores menos 1%, que vive na ilusão
criada pelo cenário dos magos.
A
ilusão do “desenvolvimento” e da criação de riqueza com base na
produção/trabalho escravo e total dependência do dinheiro.
Passemos
ao palco: para que a magia seja perfeita, o ilusionista precisa do tempo certo
para colocar todos os adereços no local exacto e com eles criar o efeito
desejado. Nada pode distrair o espectador e a precisão é a chave para o
sucesso. Até num roubo à escala mundial.
Esta
é a magia para realizar o maior roubo da história da Humanidade (a todos os que
possuem bens e dinheiro) por aqueles que deixamos que sejam as primas-donnas
deste enredo: os ladrões no poder.
Num
momento de loucura pessoal imagino Adolfo e Josef a rirem-se a ver a repetição
da perversidade deste momento histórico e dos continuados e profundos desequilíbrios,
imoralidades e ganância.
E
tu espectador 5.965432 ainda estás sonâmbulo e alienado desta novela que passa
em horário nobre?
Somos
seres criativos, inteligentes, somos movidos a desafios e estamos todos
ligados. Podemos criar alternativas para estragar o número aos “magos”.
Há
uma linha fina que separa ficção de realidade. Que separa a vida na prisão, da
vida em liberdade fora das actuais grades.
A
escolha sobre o lado em que queremos estar pertence-nos.
Até
ao momento certo para ocorrer a magia, a novela continua…num banco, num governo
e num média perto de si.
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