E o povo pá? O espelho do divórcio
entre 1% e os 99%
Enquanto se riem as hienas...
E a Nigéria?
Neste momento se soubesse desenhar
fazia um cartoon: Jesus, Maomet, Buda, Ghandi, Rabin, o 10º Dalai Lama,
Confúcio, Mandela,a marcharem de braço dado na direcção destes, com granadas de
ferrero rocher e uma legenda:
Têm medo pá?
E a liberdade pá?
Hoje passei parte do dia nas ruínas
arqueológicas de um lugar de culto sufi. Pensei e falei imenso com pessoas que
sabem sobre o que foi o domínio árabe em Portugal. Uma civilização magnífica em
todas as áreas e que também degolou muitas cabeças. Que caiu e viu tomada a
prevalência da civilização ocidental cristã, dominada por católicos. Isto julgo
não estar errada, são factos.
Hoje senti mais do que nunca o que me
estão a fazer ao cortar a liberdade de expressão se cedermos ao
"bullying" de extremistas ditos muçulmanos.
E ao medo, se
cedermos ao medo da violência que nos fazem ao tirar-nos o pão e a dignidade.
Ao considerarem-nos pouco humanos e sem direito a existir. Apenas um número. Sem
liberdade.
Algumas Nações
Islâmicas de extremistas são tudo menos democráticas e tolerantes e fomentam estes
casos. Condenaram à morte Salman Rushdie por ter escrito um livro. Hoje e ontem
mataram sufis e curdos. Homossexuais, mulheres adúlteras e quem pensa e fala
contra o Corão. Livremente.
Do outro lado,
alguns Estados ocidentais “livres e democráticos” patrocinam estes grupos
armando-os até aos dentes, segregando-os, alienando-os e bombardeando-os. Livremente
e sem o acordo dos povos que os elegeram.
As religiões são
uma das grandes causas de obscurantismo, alienação, de preconceitos e
intolerâncias. O que eu quero é que ninguém morra nem mate por causa de
intolerâncias e preconceitos. Faz algum sentido? Talvez eu seja um caso perdido…
Como disse o Imã
da Mesquita de Lisboa: "quem vive num determinado Estado (que por acaso
como o nosso e a França, republicano e laico, acrescento meu), segue as regras
do país, ou emigra"(se não sente que a sua fé ou o uso do seu véu é
incompreendido).
Há ainda muito
por dizer e esclarecer. Eu quero viver num mundo onde possa criticar e rir
abertamente do que quer que seja, sem dar o meu peito a balas, no meu país em
particular ou noutro qualquer.
Eles, a meia ou
uma dúzia de Estados que fomentam estas guerras, usando o ódio para chegarmos a
este estado de barbárie entre povos, porque se achando com a razão de imporem a
sua lei, e/ou a lei da bala, e/ou a da religião (contrária à ideia de amor,
veiculada à ideia essencial a qualquer religião) deve continuar a ser
criticada.
Com total
liberdade de expressão. Não há intocáveis. Na minha modesta opinião. Quem se
sentir muito ofendido religiosa ou politicamente, use formas adultas e
civilizadas de pedir defesa.
Fale-se,
critique-se, discuta-se sem nunca perder o pensamento crítico. É a partir dele
que nasce a evolução. Sem hipocrisias.
(Sobretudo de
quem hoje bombardeia ou dá o sim a guerras e rouba liberdades e de seguida vai
participar em manifestações pela liberdade e de imediato não adopte leis onde
mostrem a boa vontade de fazer prevalecer a mesma).