“ Corinthias 13:11 11 Quando eu era criança falava como uma criança,
pensava como uma criança e reagia como uma criança. Quando me tornei adulto,
desisti da minha criança
Só cito a Bíblia porque
vai casar em harmonia com a imagem que me fez inspirar as palavras para este
texto. Palavras que me obrigam a pensar. Porque quero voltar a estar/ser como
uma criança.
Dá trabalho e
cansa imenso pensar na política portuguesa. Para além de que está tudo dito. Desde
Eça de Queiróz a Miguel Torga, passando por Ricardo Araújo Pereira e até aos
comentadores da bola que falam de política, ou os restantes desempregados que agarraram
a oportunidade e converteram-se em treinadores de governo, nas bancadas da tv.
Alguns até são bons vá!
Mas agora que
estou no mato, não tenho tv e a net lá vai debitando os megas suficientes para
ir comunicando, ma non troppo, dá-me para pensar e escrever. E ler.
Uns books, as
trilhentas noticias e artigos de opinião (como os meus), dá para estar algum
tempo no face a vê-las e a pensar sobre elas.
Somos um povo
atirado para um poço com uma abertura estreita. Alguém gamou também o
periscópio que poderia dar alguma orientação…
Cá fora estão os
papões/glutões a rir e a atirar a chave para o espaço, mas mesmo submersos pela
água do poço, temos sempre uma opinião na ponta da língua e da pena. E uma
anedota. Devíamos receber prémios e prémios.
Por isso não vos
vou cansar com um texto cheio de análise sobre a política portuguesa. Há quem
faça melhor que eu.
Já o fiz, já dei
a minha opinião, já até dei sugestões e agora que se lixe a minha opinião sobre
o estado das coisas. Estão miseráveis e pronto.
Já faço parte dos
grisalhos que se perspectivam sem reformas e, aproveito o meu tempo para pensar
em coisas melhores, como seja o presente que deixarei no futuro.
Andei a dar uma
vista de olhos pela História desta raça. Sem a entendermos e sem entendermos
que ela se repete e nos envia sinais não vislumbramos luz para a frente.
Concentrei-me na
circular mais desenvolvida da Europa. Escolhi a 1ª circular a Norte. Onde faz
muito frio e se apanha o bacalhau que tanto gostamos.
Gostamos, porque
consumir agora… (que tristeza) é mais bolos …
da véspera.
Da Pré-História
às incursões romanas a.c, até às ocupações vikings 800 anos d.c, estes aventureiros
saquearam, colonizaram e fizeram guerras várias.
Das disputas
entre dinastias, da guerra civil à independência, às Guerras Mundiais, passaram
pela História como qualquer outro povo, no entanto dando pouco uso a qualquer religião
(talvez por isso mesmo estejam hoje noutro patamar).
Floresceram na
Idade Média enquanto a Europa Católica mergulhava no período mais negro e
queimava quem fazia chá de alecrim para curar dores. Entre outras macumbas.
Chegaram à
democracia no início do século XX. Foram ocupados na 2ª Grande Guerra, mas
resistiram. Aboliram a Monarquia, chegaram ao liberalismo nos tempos modernos,
têm leis socialistas, grande regulamentação ao liberalismo (nem sabem o que
significa liberalismo descontrolado). Mas já tiveram a sua parte de catástrofes
económicas em vários períodos da História. E tiveram a catástrofe recente de um
Breivik que nada tem de bravo viking, mas tudo de psicopata. E se os há por aí.
Nos tempos
modernos têm um enorme respeito pelo ambiente e sobretudo pelos direitos
sociais, naturalmente os direitos humanos.
Preparam-se para
legalizar a cannabis. Fiquei contente ao saber esta noticia J. Sabemos hoje que pode curar o
cancro. E outros males que nos afligem.
Nem que seja para
nos acalmar o coração e fazer diminuir o numero de AVC´s perante este
retrocesso civilizacional em que vivemos…
Em 1987
escreveram o relatório de desenvolvimento sustentável baseado:
“no desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades.”
Ou seja, sejamos
regrados hoje na febre do consumo, porque não precisamos de muitas coisas para
sobreviver e sermos/vivermos felizes.
Com isto deixamos
muito para o futuro. E ainda temos a alegria de ensinar às nossas sociedades
valores imprescindíveis.
Voltando aos meus
pensamentos sobre a História, tenho uma opinião: estão tão avançados hoje mas passaram
por tudo o que estamos agora a passar e/ou pior.
E repete-se a
tantos outros países. Avanços e retrocessos. Nalguns, poucas aprendizagens
também.
Logo, ainda há
esperança em nos tornarmos um país evoluído. Todos sabemos que seria
inteligente aproveitarmos a experiência destes exemplos já vividos por outros para
crescermos nós.
Como penso em
relação ao continente africano onde vivo.
Ainda estamos
muitos anos atrás. É normal. Todas estas nações desenvolvidas passaram pelo
mesmo processo.
E agora não somos
os únicos a estar em retrocesso. Nem descontentes com o mesmo.
Ouvi falar em
99%.
De descontentes e
desconfiados com o retrocesso destes dois poderes mundiais: o financeiro e o político…a
nível global.
Mas agora
precisamos de vikings modernos. Que resistam! Que não tenham medo.
Como resistiram
aqueles que vieram dar-nos o presente das Nações desenvolvidas. Os grisalhos
que nos deixaram as grandes conquistas e mudanças.
Um dia vamos
olhar para trás e recordar que esta seita que anda pelo mundo e em particular
em Portugal, faz parte de um grupo de maçãs tóxicas e transgénicas que nos
provocaram diarréias e fizeram apodrecer muita fruta em volta.
E que nós
corajosamente deitamos para o poço, sem passar pela reciclagem.
Se nascemos a
gritar porque nos expulsam do maior aconchego que é o ventre materno para o
desconhecido, esta é a altura certa na nossa História, para florescermos em
novos gritos.
Deitar fora estes
velhos e pouco sábios homens e rejeitar a insustentabilidade a que nos conduzem
estas catástrofes.
Vestirmos a
capacidade de sermos de novo crianças rebeldes, pensar como crianças rebeldes e
criarmos um mundo segundo uma perspectiva nova, de novos homens. Isaac Newton
fez isso, Einstein fez isso e ambos criaram seguindo novas perspectivas.
Não somos todos
génios mas podemos usar o que temos, o que conhecemos e o que ainda está por
criar.
Deixemos que se
abra a capacidade criativa que existe em nós para descobrir novos caminhos.
Usemos a
tecnologia ao nosso alcance, as redes, a internet que não havia há 20 anos,
para transformar o mundo. Fazer com que mais gente debata soluções e se sinta
incluída nas novas propostas.
Fazer o download
de novos programas e deletar o que não serve. Fazer o upgrade das nossas
consciências. É inevitável.
O poço com a
abertura estreita foi feito para esses que andam aí, que vão estrebuchar e
acabar por morrer.
O resto do mundo
está aberto para quem quer estar num meio desenvolvido com sustentabilidade,
criatividade e sem medo.
É tempo de parar e
repensar caminhos, fazer tudo de novo se preciso for, encontrar o tempo e
perdermo-nos nele. E simplesmente ser.
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