segunda-feira, 20 de maio de 2013

Um presente para o futuro: desenvolvimento sustentável


“ Corinthias 13:11 11 Quando eu era criança falava como uma criança, pensava como uma criança e reagia como uma criança. Quando me tornei adulto, desisti da minha criança

Só cito a Bíblia porque vai casar em harmonia com a imagem que me fez inspirar as palavras para este texto. Palavras que me obrigam a pensar. Porque quero voltar a estar/ser como uma criança.

Dá trabalho e cansa imenso pensar na política portuguesa. Para além de que está tudo dito. Desde Eça de Queiróz a Miguel Torga, passando por Ricardo Araújo Pereira e até aos comentadores da bola que falam de política, ou os restantes desempregados que agarraram a oportunidade e converteram-se em treinadores de governo, nas bancadas da tv. Alguns até são bons vá!

Mas agora que estou no mato, não tenho tv e a net lá vai debitando os megas suficientes para ir comunicando, ma non troppo, dá-me para pensar e escrever. E ler.
Uns books, as trilhentas noticias e artigos de opinião (como os meus), dá para estar algum tempo no face a vê-las e a pensar sobre elas.
Somos um povo atirado para um poço com uma abertura estreita. Alguém gamou também o periscópio que poderia dar alguma orientação…

Cá fora estão os papões/glutões a rir e a atirar a chave para o espaço, mas mesmo submersos pela água do poço, temos sempre uma opinião na ponta da língua e da pena. E uma anedota. Devíamos receber prémios e prémios.

Por isso não vos vou cansar com um texto cheio de análise sobre a política portuguesa. Há quem faça melhor que eu.

Já o fiz, já dei a minha opinião, já até dei sugestões e agora que se lixe a minha opinião sobre o estado das coisas. Estão miseráveis e pronto.

Já faço parte dos grisalhos que se perspectivam sem reformas e, aproveito o meu tempo para pensar em coisas melhores, como seja o presente que deixarei no futuro.

Andei a dar uma vista de olhos pela História desta raça. Sem a entendermos e sem entendermos que ela se repete e nos envia sinais não vislumbramos luz para a frente.

Concentrei-me na circular mais desenvolvida da Europa. Escolhi a 1ª circular a Norte. Onde faz muito frio e se apanha o bacalhau que tanto gostamos.
Gostamos, porque consumir agora… (que tristeza) é mais bolos …
da véspera.

Da Pré-História às incursões romanas a.c, até às ocupações vikings 800 anos d.c, estes aventureiros saquearam, colonizaram e fizeram guerras várias.
Das disputas entre dinastias, da guerra civil à independência, às Guerras Mundiais, passaram pela História como qualquer outro povo, no entanto dando pouco uso a qualquer religião (talvez por isso mesmo estejam hoje noutro patamar).

Floresceram na Idade Média enquanto a Europa Católica mergulhava no período mais negro e queimava quem fazia chá de alecrim para curar dores. Entre outras macumbas.

Chegaram à democracia no início do século XX. Foram ocupados na 2ª Grande Guerra, mas resistiram. Aboliram a Monarquia, chegaram ao liberalismo nos tempos modernos, têm leis socialistas, grande regulamentação ao liberalismo (nem sabem o que significa liberalismo descontrolado). Mas já tiveram a sua parte de catástrofes económicas em vários períodos da História. E tiveram a catástrofe recente de um Breivik que nada tem de bravo viking, mas tudo de psicopata. E se os há por aí.

Nos tempos modernos têm um enorme respeito pelo ambiente e sobretudo pelos direitos sociais, naturalmente os direitos humanos.

Preparam-se para legalizar a cannabis. Fiquei contente ao saber esta noticia J. Sabemos hoje que pode curar o cancro. E outros males que nos afligem.
Nem que seja para nos acalmar o coração e fazer diminuir o numero de AVC´s perante este retrocesso civilizacional em que vivemos…

Em 1987 escreveram o relatório de desenvolvimento sustentável baseado:

“no desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades.”

Ou seja, sejamos regrados hoje na febre do consumo, porque não precisamos de muitas coisas para sobreviver e sermos/vivermos felizes.

Com isto deixamos muito para o futuro. E ainda temos a alegria de ensinar às nossas sociedades valores imprescindíveis.

Voltando aos meus pensamentos sobre a História, tenho uma opinião: estão tão avançados hoje mas passaram por tudo o que estamos agora a passar e/ou pior.
E repete-se a tantos outros países. Avanços e retrocessos. Nalguns, poucas aprendizagens também.

Logo, ainda há esperança em nos tornarmos um país evoluído. Todos sabemos que seria inteligente aproveitarmos a experiência destes exemplos já vividos por outros para crescermos nós.

Como penso em relação ao continente africano onde vivo.
Ainda estamos muitos anos atrás. É normal. Todas estas nações desenvolvidas passaram pelo mesmo processo.

E agora não somos os únicos a estar em retrocesso. Nem descontentes com o mesmo.
Ouvi falar em 99%.
De descontentes e desconfiados com o retrocesso destes dois poderes mundiais: o financeiro e o político…a nível global.

Mas agora precisamos de vikings modernos. Que resistam! Que não tenham medo.
Como resistiram aqueles que vieram dar-nos o presente das Nações desenvolvidas. Os grisalhos que nos deixaram as grandes conquistas e mudanças.

Um dia vamos olhar para trás e recordar que esta seita que anda pelo mundo e em particular em Portugal, faz parte de um grupo de maçãs tóxicas e transgénicas que nos provocaram diarréias e fizeram apodrecer muita fruta em volta.
E que nós corajosamente deitamos para o poço, sem passar pela reciclagem.

Se nascemos a gritar porque nos expulsam do maior aconchego que é o ventre materno para o desconhecido, esta é a altura certa na nossa História, para florescermos em novos gritos.

Deitar fora estes velhos e pouco sábios homens e rejeitar a insustentabilidade a que nos conduzem estas catástrofes.

Vestirmos a capacidade de sermos de novo crianças rebeldes, pensar como crianças rebeldes e criarmos um mundo segundo uma perspectiva nova, de novos homens. Isaac Newton fez isso, Einstein fez isso e ambos criaram seguindo novas perspectivas.
Não somos todos génios mas podemos usar o que temos, o que conhecemos e o que ainda está por criar.

Deixemos que se abra a capacidade criativa que existe em nós para descobrir novos caminhos.
Usemos a tecnologia ao nosso alcance, as redes, a internet que não havia há 20 anos, para transformar o mundo. Fazer com que mais gente debata soluções e se sinta incluída nas novas propostas.
Fazer o download de novos programas e deletar o que não serve. Fazer o upgrade das nossas consciências. É inevitável.

O poço com a abertura estreita foi feito para esses que andam aí, que vão estrebuchar e acabar por morrer.

O resto do mundo está aberto para quem quer estar num meio desenvolvido com sustentabilidade, criatividade e sem medo.

É tempo de parar e repensar caminhos, fazer tudo de novo se preciso for, encontrar o tempo e perdermo-nos nele. E simplesmente ser.

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