Também tem um dia.
Um dia que eu faço para mim, todos os dias. A terra que me viu nascer. Incansável na roda de nascer e morrer.
Terra dos antepassados. Terra de descendentes.
Terra abençoada e
terra amaldiçoada. Abençoada porque tem todas as riquezas que todos sem
excepção procuram e belezas que ultrapassam as palavras.
Amaldiçoada porque
o sangue nela derramado ultrapassa o bom senso.
Terra grávida de
esperança e prosperidade para o futuro da humanidade. E onde tanta humanidade
deixou sangue e lágrimas. Onde tanto suor caiu para alimentar os seus seios.
Terra que viajou nos sonhos desfeitos de tantos, e, viaja nos sonhos de quem
não se cansa de esperar por vê-la livre um dia. Livre dos carrascos que a
prendem. Para que todos os seus filhos lhe colham as bênçãos.
Terra onde os
arco-iris são aos pares porque não cabe em si apenas com 7 cores. Onde os
cheiros se multiplicam por muitos, onde as colheitas dão 2 vezes por ano.
Se estou longe dela
sinto-lhe a falta, como se sente a falta dos bem amados.
Meu continente mãe,
Quando estou longe sinto-lhe a falta, quando estou nela faz-me tantas vezes enfuriar com as suas falhas.
Mas enfurio-me com calma, com tempo e com paciência. Com desgosto também.
Porque as falhas não são responsabilidade das pessoas que pouco ou nada têm.
São dos interesses de quem tudo multiplica e com nada nem com ninguém divide.
Quando estou longe sinto-lhe a falta, quando estou nela faz-me tantas vezes enfuriar com as suas falhas.
Mas enfurio-me com calma, com tempo e com paciência. Com desgosto também.
Porque as falhas não são responsabilidade das pessoas que pouco ou nada têm.
São dos interesses de quem tudo multiplica e com nada nem com ninguém divide.
Hoje vivo-a, cheiro-a,
como-a e imagino-a de bem com o mundo, de bem consigo própria. Um dia, quem
sabe.
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