terça-feira, 24 de novembro de 2015

Quem se lixa é a moule

"Foi por milagre que nasci profana", Fausto musico/compositor português
Quarto
 dia de alerta máximo em Bruxelas. Tudo 
​mais
 ou 
​menos 
fechado e o caos começa a moldar-se à pele, medo, insegurança e as questões que se impõe: o que é isto? o que nos ameaça? que fazer? onde e quando vai acontecer? a querer-se instalar na vida das pessoas nesta bela cidade gris. Mas...
Saio à rua e observo os sinais de normalidade por todo o lado e a tranquilidade que nos devolvem alguma cor à imaginação, a nós humanidade.
Porque o ser humano antes de ser um autómato guiado pelo medo é uma alma livre e viva. E inteligente. E isso os psicopatas não entendem. (pertençam eles a governos, grupos fanáticos, braços armados ou outros)
Mas é preciso entender o que nos faz aproximar cada dia do cenário de 1984 de George Orwell. Nem toda gente pode ser enganada ao mesmo tempo e a informação está aí para ser estudada.
Não nos aquietemos com a desinquietação que nos querem fazer engolir. Desinquiete-mo-nos com a manipulação a que nos submetem.
E a Europa tem sido um alvo de venda da sua alma.
Mesmo com sustos que me cortam a respiração e me deixam de pernas trémulas, ainda tenho muita vida para aproveitar. Mas, se me cruzar numa esquina da vida com um desgraçado, também ele manipulado, seduzido e enganado, esquecido pelos Estados, abandonado à sua sorte, onde o tributo que lhe pedem ao crime contra a vida sagrada é a sua própria morte, fazendo-se explodir, então fique a saber que apenas lamento a vossa escolha. Vocês jovens estúpidos, perderam a alma e são também vítimas do caos.
A minha escolha é de ver cair neve hoje e amanhã ver nascer o sol. Se vos der jeito claro. 
Frente a frente as religiões: terrorismo religioso (...) a religião da ignorância e o capitalismo, a religião da ganância. Juntam-se à religião da banalização do mal (teoria de Hanna Arendt) e o resultado é uma vida de pesadelo.
Para ver nascer um novo dia, desculpem lá qualquer coisinha, como andar por aí, mas não deixarei de o fazer. Algum anjo há-de tomar conta. Ou não.
Agradeço a todos os que me inundam de preocupação, beijos, abraços e carinhos. Como diz uma amiga "eu tinha de escolher um sítio para viver com adrenalina". Podia viver sem ela? Poder podia, mas não era a mesma coisa.
Para vos descansar, sabem o que vou continuar a fazer?
Cuidar da vida ou viver com o cuidado possível enquanto me for permitido existir neste mundo bonito com algumas gentes muito feias possuídas pela ideia fantasiosa de que o mundo lhes pertence. Dá dó!
Eu profana, penso apenas numa nova religião/paradigma. Da paz, da inclusão. 
É obrigatório! É o meu dogma​.
Vamos lá rir por favor. E beber umas cervejas acompanhadas de mexilhões enquanto vivemos a aguardar qualquer coisa parecida com a normalidade em guerra. Ou um ataque.


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