terça-feira, 23 de setembro de 2014

Espécie em quarentena…


Percebo agora, a razão de aqui estarmos…estamos de quarentena!


Guerras, degolas, extremismos religiosos, ébola e outros vírus mortais, alterações climáticas, provocadas pela poluição e que nos vão levar à extinção, testes nucleares, GMO´s/Monsanto, fome; crime organizado (onde incluo a corrupção dos governos vários, tráfico de drogas, de pessoas, de armas, marfim e minérios, contrafacção- incluindo na indústria farmacêutica -, lavagem de dinheiro), desregulação bancária para cobrir crimes da finança; crimes cibernéticos, abusos na extracção de minérios e a lista continua…

Somos uma espécie perigosa. Fomos enviados para este planeta, para ficarmos de quarentena, devido à nossa alta perigosidade.

Pertenço a um clube sem apertos de mão especiais. Ou clubes de manipuladores que fazem reuniões secretas em hotéis de luxo e discretos, para congeminar contra o semelhante. Quando usamos aventais, no nosso clube, que não serve gurus nem deuses, é na cozinha e, têm a cara da Minnie. Servem para limparmos as mãos do cheiro do alho e dos coentros, para a açorda.

Servem para dar de comer e, comer bem: saudável. Assinamos um contrato onde juramos divulgar os segredos das nossas receitas. Beber tintos maduros de qualidade e criar. Temos um dogma: nesta vida vamo-nos divertir e não nos levar muito a sério. Ler, escrever, pintar, esculpir, brincar e não fazer nada. Ensinar, cuidar, curar, ajudar, amar. Nem sequer vamos escolher a carreira política, com o objectivo de nos tornarmos ricos e poderosos, esquecendo-nos que somos iguais aos outros. É um clube sem pretensões, mas cheio de ambições dignas e valores elevados.

É o clube das pessoas que não tomam testosterona ao pequeno-almoço. Em comprimidos de várias cores. O clube onde não falta moral, nem ética, nem empatia. O clube dos uns pelos outros. Sem agressividade, em nome da evolução da espécie. O clube dos valores do humanismo. Que é ver os problemas sob a perspectiva de outrém. Mas gente que não precisa de se levar a sério.

Nos outros clubes, ouvi dizer que têm reservado o direito de admissão e de participação, aos que têm a testosterona mais agressiva. O clube do Bolinha. Onde se reprimem as emoções. E se dá largas ao poder da hormona referida. A que faz marcar e lutar por um território.

São assim como pit-bulls a disputar o território, ou como os leões do Kruger Park. A testosterona que faz com que os Homens se digladiem ao longo dos séculos da existência Humana. A que faz mostrar: Eu é que mando aqui. Eu sou o Alfa dominante. Tudo se resume a esta insanidade. Coisa mesmo a sério!

Numa relação de posse e domínio apenas possível na fantasia masculina. Não permitir que invasores dominem território seu. Como tantos fazem com as “suas” mulheres. Nesse caso a guerra, é a única saída. O domínio. Do mundo deles.
Sexual e musculado quando e onde o sexo é reprimido, ou quando jovens dominados pela testosterona, são conduzidos para guerras ferozes. Freud entendeu e explicou-nos.
Para dominar todos os outros, estes Alfas dominantes criaram a culpa e o pecado.

Chamam-lhes religiões. No contrato prometem-lhes: virgens às carradas, final do ciclo de reencarnações, o céu ou o inferno, consoante o número de avés ou qualquer outra promessa.
Eu chamo-lhe jogo político, de gente que se leva muito a sério, que se tem na conta de iluminados e cuja tendência é usar testosterona em largas dosagens.

Não é de estranhar que se pretenda gente à imagem e semelhança de máquinas, em estado permanente de angústia, incapazes de pensar, violentamente sobrecarregados, incapacitados, à deriva, presos, drogados, obedientes, sem caminhos.
Para que as mentes brilhantes joguem o jogo do controlo. E nos manterem silenciados. Neste estado de letargia profundo.
Com isto prolongam as guerras. E a lista de crimes enunciada.

Algures seremos observados. Não duvido que comentem pensativamente:
-Esta raça é verdadeiramente perigosa. Vão-se auto-destruir. Deixemo-los de quarentena, para observar o limite.

A não ser que aquele clube que não é atingido pela testosterona, consiga alguma força, vinda de uma nova hormona e, vire a corrente a seu favor.
Ou que um urso polar, comece a varrer poluidores, ao tabefe. Ou que a agulha das escolhas mude a direcção.


Veremos!

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