sábado, 20 de setembro de 2014

Mia Couto, um documentário

Mia Couto: um documentário. Para os seus amantes, das suas histórias e da reinvenção da nossa língua. Ofereço aos muitos da tribo que com ele se encantam.
E, respondo a um desafio, que amigos me colocaram, sobre livros.
A literatura é a minha redenção. Afecta-me a um nível mais profundo do que a própria imaginação. Com ela invento sem limites.
Como leitora e como escritora. 
Sinto como os personagens. Dou conta de não estar só. Nos sentimentos, nas emoções, nas vivências. Maravilho-me com a realidade tornada ficção, ou com a ficção que se sobrepõe à realidade.
Como é que o escritor sabe aquilo tudo?
Começa na oralidade. Como nasceu com Mia Couto. Num mundo, para lá da imaginação, MC reinventou o mundo dos vivos, para nós vivos, buscando tantas vezes a redenção no mundo dos mortos.
Esta é uma das magias da literatura de Mia.
Com Mia, como com outros poetas e, criadores de estórias, que são os escritores; as palavras deslizam em nós, como as gotas da chuva escorregam irreverentes, sobre pedras descansadas cobertas de gelo.
A literatura entrega perguntas e respostas. E deixa entrelinhas, para quem lê, descobrir a sua versão de redenção.
Como me acontece ao ler Mia Couto.
Alguns dos livros que me fazem encontrar a redenção são (apenas alguns exemplos):
-Jorge Amado (Capitães da Areia), Garcia Marquez (Cem anos de solidão), Pepetela (Geração da Utopia), Agualusa (Um estranho em Goa), Saramago (Jangada de Pedra), Eça de Queiróz (a Relíquia), Dostoievski (O Jogador), A.S.Exupèry (O Principezinho), Sophia de Mello Breyner A. (A Fada Oriana), Sartre (As mãos sujas), J.M.Coetzee (O Homem lento).

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