quinta-feira, 30 de julho de 2015

Resgate Da vidA

A pensar em particular nos presos políticos (nos jovens angolanos em particular) que o são em nome do direito de pensar em utopias que um dia se tornarão realidades.
A pensar nos que diariamente dão voz à necessidade de resgate da vida seja por que caminho for.


"Chega uma onda e deposita pequenas conchas na areia
chega uma nova onda e deixa mais pequenas conchas na areia"
Neste movimento constante
imparável
cada onda que chega,
prepara a terra,
semeia e parte
Mais e mais e mais conchas se juntam
quando nos querem
retirar o direito
de viver
o mar continua a depositar
conchas grávidas de
novas ideias
É meu o direito quando aqui acordei
vinda do mundo líquido
no ser sólido que se tornou o meu ar
fez do pensamento o meu oxigénio
querem-me retirar o direito
de sentir
esses outros iguais a mim
os iluminados
que nem percebem na escuridão em que se encontram
esta gente não é saudável
não merece ser ouvida
nem cheirada
nem comida
atiram-me para fora do asfalto
empurram-me fora do meu caminho
não me deixam endireitar
na crise de crescer
de criança,adolescente a adulta me tornar
com as suas dores, medos e tormentos aprendi e me transformei
de contracção e expansão o mundo vive
e o mar que depositou as suas conchas
prepara um novo mundo
feito de conchas que resgatam a vida
mesmo que me queiram proibir
o direito de pensar
o direito de viver

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Foi feitiço que nos fizeram?

Na próxima campanha eleitoral vou-me sentar em frente ao parlamento com um cartaz:

Preciso de dinheiro (não de trabalho) para colocar numa conta na Suiça, passeios, carros, casas, roupa de marca, sexo, drogas e rock.
Pelo menos não vos estou a n´rolar!

A partir dos cinquenta ( anos cheios de cores e a maturidade oferecida pelas experiências) conseguir trabalho, esta imposição nascida com a Revolução Industrial (no ténue equilíbrio de laborar oito horas e receber o justo para pagar uma linha mais ténue além da sobrevivência) é hoje uma miragem num deserto seco sem oásis. O Holy Grail.
Trabalho...
Das 9 às 5 ou por turnos. Apenas por dinheiro…imposição esta saída de uma mente ainda mais brilhante que a de Einstein.
Porque nos relativizou a vida.
Mas alguém se pergunta porque razão precisamos desta imposição e desta pescadinha de rabo na boca?
Quando esta resposta for uma epifania na mente de cada um teremos uma mudança significativa da vida.

Encontrar trabalho é entrar no mundo sado-maso. Muito suado. Sem bom sexo e menos ainda com orgasmos. Sobretudo quem não goza com prazer misturado com dor.
Os alarves a comer tudo.
Nesta mesma idade é como conseguir elogios: só se forem os gajos das obras a olhar e a manifestarem-se alarvemente.
O trabalho esse, só se for em lugares e tarefas onde a exploração de homens pelos seus semelhantes se tornou a poesia corrente.
É esta a nova normalidade no mundo laboral ?!. Na maioria sim.
De preferência querem várias variantes de escravatura sem o grilhão no esporão:
-trabalho pro-bono e se o trabalhador tiver a bondade e a boa vontade de aceitar ainda se riem. Mais um "operário em construção" que se deixou enganar. Se não aceitar e se mostrar indignado, é julgado como arrogante e com "a mania que é melhor que os outros". 
Se protestar...o colaborador (nova nomenclatura) é dispensado. 
Direitos? Por favor, em que mundo é que vivem? Têm a sorte de ter trabalho...
Depois de 8 horas seguidas e extenuantes de trabalho em pé a servir 150 pessoas, para receber €5,00 à hora, a 60 dias, ter direito a ir à casa de banho, descansar 10 minutos, fumar um cigarro e comer qualquer coisa...é direito que não assiste ao "colaborador".
Trabalhos, formação, estágios sem qualquer remuneração e apenas uma pequena participação nos transportes e uma bolsa de subsistência de cento e poucos euros. Pagamentos a 60 dias.
Este é o pão de cada dia num venha a nós um reino orgiástico de patrões desumanos que se alimentam das fragilidades.
Iguais aos governantes que se governam através das fragilidades.
E as experiências continuam, por necessidade, por comida.

Aos seres humanos deveria ser permitido apenas engolir alguns sapos mas só até à garganta. Jacarés, nem pensar.
Os patrões usam o pequeno poder que têm de mandar o croquete para a travessa do rissól se entender que o trabalhador vive acima das possibilidades ao querer ir fazer xixi no final de duras e longas horas sem parar, ou quem sabe provar uma chamuça antes de morrer com a fraqueza.

Ninguém se atreve a pedir licença para descansar. Ninguém se atreve a sentar. Mesmo que se esteja a arrastar. Ninguém se atreve sequer a trocar uma palavra com o colega. Menos ainda alguém se atreve a responder a humilhações e a contestar.
A estes chefes, incapazes de saber o que é liderança, espera-os com certeza uma medalha por serviços à Nação no 10 de Junho. 
O medo vence neste jogo do campeonato do poder.
Assim querem que pensemos:
Antes ser explorado que não ter emprego…
Antes ser humilhado que não poder comer uma carcaça cheia de químicos.
Não prestamos para nada.
Se estivermos cansados somos moles e não temos valor nenhum.
Se somos despedidos a culpa é nossa.
Nós é que não servimos!
E nós...aceitamos e acreditamos.
E os “colaboradores” por medo de perder a miséria calam.
Deixámos de querer o direito à vida,passámos a desesperar pelo direito à miséria.
E num toque profundo de Midas transformámos a exploração do nosso semelhante no ouro moderno. 
Este capitalismo mata. É genocídio. É um atentado aos direitos humanos. É a Al Qaeda autorizada, consentida, fomentada pelos Estados que nada têm de direito. E os soldados (os políticos do regime global) ao serviço das corporações são treinados para matar sem contemplações.
O saque de ouro.
Este é o mundo com que se confrontam milhares de pessoas independentemente das faixas etárias. Em Portugal e no mundo onde as empresas que criam empregos, se "esqueceram" que são as pessoas que as fazem ganhar estatuto e cotação nos mercados.
Capitalismo e consumo a pescadinha de rabo na boca que nos obrigam a comer. Crua. A guarnição é a pedra que se senta no estômago e provoca a obstrução que leva à morte por asfixia.

A Europa tornou-se um lugar de medo. Deixou de ser seguro viver nesta desunião de facto. O companheiro revelou-se após os primeiros tempos de sedução e charme, num homem inseguro e dominador, usando a violência para humilhar e controlar, porque incapaz de o conseguir naturalmente.
Diz à sua vítima que a ama e que quer o seu bem, mas que de facto sozinha ela não será capaz de vingar, porque não presta, não sabe resolver os seus assuntos, nem tem capacidade para o fazer sozinha.
Aliena a vítima, coloca-a em isolamento, medrosa, dependente, submissa,vulnerável. Em profunda solidão. 
Mesmo querendo e gostando, eu, já não estou nada bem com o caminho prescrito. O amor nesta união não morreu de morte natural, morreu porque determinaram que seria para morrer. Nem deixaram espaço ao meu livre arbítrio.

Recordo-me da minha vida em África e os passeios quinzenais ao Kruger National Park. Paga-se um bilhete à entrada, recebe-se um saco de papel para os restos do que se comer no carro, uma vez que dele não se pode sair sem ser nas áreas próprias e adentramo-nos no parque a observar a vida selvagem no seu meio ambiente natural.
Sinto-me uma bambi faminta e vulnerável prestes a ser devorada pelo predador mais próximo. O melhor momento da visita ao parque será sempre o de um predador a apanhar uma presa e com ela se refastelar. Enquanto a presa é observada pelos algozes nos carros que passam.
Eu caída na armadilha nem pernas tenho para correr fui ferida no primeiro combate. Mas não morro sem luta.
Não serei comida sem ficar encalhada com um osso num dente do predador. Um dia quem sabe o predador engole o seu próprio veneno.
Quem sabe os predadores nas eleições vão engrossar as fileiras do desemprego.
Esses sim no desemprego por para nada prestarem. E não me peçam referências para o próximo emprego.
Que mal fizémos para merecer esta gente e este karma histórico de lutas por poder?
Todos temos um lado obscuro e um lado de bondade. Todos nos precisamos de no outro nos reconhecer.
Esta gente por infortúnio, dolo e por querer, não descobre nenhum lado bom. É patético e é só em nós, as frágeis vitimas, que vai continuar a doer.
Perguntem-se para que serve o trabalho. Para que serve o dinheiro. Para quê ser escravo desta pescadinha de rabo podre. A envenenar-nos pela boca.
Nem fazemos o que gostamos, nem gostamos do que fazemos. É isto liberdade? É isto viver?
Perguntem-se e a vida para que serve?
Se somos “operários em construção” na construção que é a vida, por que razão seremos nós próprios os construtores de operários sem vida?
Enquanto eu puder confiar na minha voz vou-me revoltar, denunciar, protestar.
E desobedecer. Desobedecer. Desobedecer.










Alliens a aterrarem cá? Já cá vivem!

Ainda a silly season não começou e pronto!
Bom ver noticias destas. 
Queridos alliens,
Este é o país mais amável e generoso que há e o seu povo falador de línguas estrangeiras quiçá até de língua extraterrestre, logo estão no sitio certo. Até damos a vida pelos governantes e sem luta.
Liguem ao Portas pelo número grátis dos vistos gold e já está.
Ah convidem-me para ir ao cock-tail comer umas chamuças.
Levo um tramparere com cachupa pois vocês desconseguem saber o que é milho e feijoca.
Queridos amiguinhos com 3 olhos e 4 pernas por mim venham e levem-nos (a eles... vocês sabem quem porque usam tecnologia de ponta e telepatia. Aposto que neste momento estão-me a ler a mente...) para experimentos no vosso planeta. É matéria rasca mas é o que há. Paciência.
Não se esqueçam de passar na south bay e dançar kizombas.
beijinhos de uma outra allien feliz por ver uma luz ao fundo deste túnel que dá para a vossa pista de aterragem...


http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=4693968

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Maturidade

A maturidade é exercida quando passamos por tantas experiências e histórias que quando elas parecem repetir-se não cometemos os erros passados. Podemos cometer erros novos, mas certamente a atitude é diferente pois esta revela-se num novo conhecimento sobre o objecto.

A Europa é o objecto. A História já ensinou que repetimos erros.
Agora temos conhecimento suficiente para adoptar uma nova atitude.
Será que vamos exercer a maturidade à qual deveríamos estar obrigados a ouvir, a ver e a entender?

Os meus sonhos não têm prazo de validade!

E um deles é encontrar-me com a humanidade da vida, na maturidade dos homens, perdida com a violência dos que criaram esta absurda morte lenta.

Origem da dívida grega: odiosa, ilegal e ilegítima

Não é a Grécia que deveria estar debaixo dos holofotes da nossa atenção.
É a dívida impagável e o sistema bancário estúpidos!
"A questão é: por que eles [troika] têm que jogar tão pesado?”. Porque a Grécia pode revelar o que está por trás. A tragédia da Grécia esconde o segredo dos bancos privados. Ela poderia colocar a nu as estratégias utilizadas para salvar bancos e colocar em risco toda a zona do euro, toda a Europa”

Entrevista com 

Membro da comissão que auditou parte da dívida pública grega, Maria Lúcia Fattorelli 


terça-feira, 14 de julho de 2015

14 de Julho

14 de Julho 1789 - Revolução Francesa 
Os franceses desempregados, esfomeados, sugados e "escravos" vítimas de uma luta de classes feroz invadem e tomam a prisão da Bastilha, lugar onde ficavam os presos políticos inimigos do Rei:

-"Se não têm pão comam brioches"...
Resultado final do jogo: Decapitação do Rei e da Rainha.
Desfecho: Revolução e Carta dos Direitos Humanos.

14 de Julho 2015 - ?
-Comam raspas dizem as Marias Antonietas donas dos tanques!
E nós comemos medo!

Resultado: Europa pendurada com nó górdio (todos nós)
Desfecho: Desconhecido

A aguardar um Alexandre Grande e Grego para o desfazer...
Como? Cortando-o!

Desfecho: Onde está a Carta dos Direitos Humanos?

ps1: "Não desdenhe uma ciência que à partida desconhece"; a da vidência:
-A guerra de classes bate à bruta na porta. A chamar por mim. 

(A chamar pelos que não têm nem pão nem brioches para comer. Os únicos que podem fazer a r-evolução de facto).

Fui abrir... era o IV Reich!

ps2: Se virem o batman a voar na vossa aldeia: não é o batman é o ppc( o dd(i)t -dono das ideias turbinadas)!


ps3 : Vitória de Pirro?...
Apetece-me levar o Tsipras e o Varoufakis de férias para uma ilha grega e instilar-lhes a força de Aquiles, retirando-lhes o calcanhar...
medo que de quê senhores? 
Nós górdios cortam-se! Simplesmente.


domingo, 12 de julho de 2015

Uma madrasta bruxa, o espelho mau e as Cinderelas

Era uma vez uma madrasta bruxa e um espelho mau. Eram portadoras de deficiências nas rodas que faziam andar o motor do cérebro que os movia e gostavam de brincar a um jogo: "diz-me espelho meu quem é mais belo que eu?". 
O espelho respondia sempre :"tu!". 
Gostavam de guerras. Variadas. Ora guerras manchadas a vermelho, ora com mortes silenciosas e incolores. Ora com trincheiras, ora com bombardeamentos e internamentos em campos. Ora com moedas. 
O que queriam era ficar no castelo a admirar o seu imenso poder estender-se pelos territórios e não haver ninguém mais belo.

Como em todas as guerras, estes dispunham de aliados e de dois botões: o da boa vontade e o da maldade. O do desprezo e outra da solidariedade. O da humilhação outro do compromisso. Um para fazer subir do poço, outro para deixar cair num poço sem fundo.

O povo faminto, doente, sem forças, cheio de medo de morrer, observava o campo relvado e fresco que levava ao poder do castelo da bruxa má e do seu espelho. Eram as mal fadadas Cinderelas.
As Cinderelas morriam lentamente sem se conseguir levantar dos duros e indignos golpes recebidos.
Por detrás do nevoeiro apareceram uns príncipes encantados, cansados de ver os malvados martirizar a sua Cinderela. Lutaram e lutam por uma salvação honrada.

Com a ajuda de fadas madrinhas do seu reino transformaram uma nação abóbora em carruagem e deram-lhe asas para que esta fosse livre.
Deram uma lição à bruxa má e ao seu espelho, mas estes, raivosos e espumando porque apenas conheciam o botão da vingança, largaram os dragões no seu encalço. 

Alguns aliados começaram a ver o encanto dos príncipes e a não querer a espuma raivosa salivada pela bruxa má. Já todas as Cinderelas dos reinos estavam juntas de mãos dadas, rodeando o campo, sabendo que apenas tinham um caminho alternativo: aliarem-se no combate à bruxa má, ao seu espelho e aos seus aliados. 

À pergunta: espelho meu,espelho meu existe alguém mais belo que eu, uma voz vinda de fora do castelo se ouve clamando: " Cinderela é mais bela que tu". Todas as Cinderelas.Mesmo que no leito da morte. 

Estas são as respostas que a madrasta e o seu espelho não querem ouvir. 
Ninguém sabe o desfecho desta história. A madrasta e o seu espelho podem ser empurrados para uma falésia, ou um empurrar o outro.
Se empurrarem uma Cinderela da falésia, talvez seja o fim do seu poder. 
Ou carregar no botão certo e terminar a maldade como por magia. (Mas isso só acontece nos contos de fadas e não é este o caso).
 
Entretanto abriu-se uma brecha e as Cinderelas calçaram o sapato perdido na dura batalha, levantam-se, beijaram o príncipe recebendo o encanto. 
Começam a perceber que precisam expulsar os bruxos dos seus reinos, e, só se carregarem no botão da união: na dor, ou na alegria, na riqueza e na pobreza poderão viver mesmo que com dor, felizes para sempre. 
(Talvez este conto seja mesmo de fadas).

sábado, 11 de julho de 2015

"Era só jajão"

Hoje perdi-me no tempo gastando conversa com o dono de um bar numa estação de comboios. E se valeu a pena.
Enchi o caderninho de notas enroladas em goles de sumos de manga, comi sandwiches de ideias e, senti-me o carteiro de Neruda a receber metáforas.
Inspirou-me também uma meditação guiada para quem não sabe o que fazer com os pensamentos sobre a cruz que carrega na sua vida.
Ofereço-a a pensar nos bons rapazes e raparigas -os nacionais que dentro das zonas de conforto dos partidos são "só jajões" e os da estranja, todos responsáveis por nos terem feito sair da miséria para entrar na calamidade.
Quando estiverem muito f...da vida usem esta meditação para se auto-ajudarem a libertar das toxinas que os jajões vos trazem. E toda a merd@ se dissolve tongue emoticon
Metáfora:
-A nossa realidade está muito bem descrita num filme francês antigo, segue a história:
-Uma velhinha viveu toda a sua vida numa pequena aldeia dando diariamente de comer ao pombos.
Cada dia da sua vida os pombos vinham pousar nos ombros, nos braços e aos seus pés desta boa senhora e comiam. Sentavam-se no colo a debicar. Todos se admiravam. E a admiravam.
A velhinha tornou-se a estrela da aldeia. Todos admiravam a sua bondade e capacidade de dar.
Começou a chegar gente vinda de fora para a admirar. Tornou-se uma figura incontornável para aquela aldeia.Internacional. Postais com a sua imagem rodeada pelos seus pombos tornaram-se a imagem daquela aldeia perdida.
Muito dinheiro entrou para os cofres da aldeia. Até os encher.
Chegou o dia de se oferecer ao sacrifício final e a morte sorrateira apanhou também a bondosa senhora.
A aldeia fez-lhe uma homenagem sem paralelo, com fanfarra, hinos, fogo de artifício, salvas de espingarda e guarda perfilada.
O tempo foi passando na aldeia e os pombos apareciam à procura da bondosa senhora que os tinha alimentado.
Ao fim de um mês...o número de pombos quadruplicou, quintuplicou...
Afinal a bondosa senhora guardava um segredo...
Na comida que aos pombos bondosamente oferecia...oferecia veneno...
Bom fim de semana com muitas metáforas e sobretudo com esta meditação.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Pensando bem...

Queda na bolsa Chinesa? Nunca pensei ouvir isto!  Pensando bem...Marx também não, e, felizmente, a sua única preocupação é levar a sua bolsa de gomas para a nuvem seguinte.

TTIP aprovado na Europa? Nunca pensei ouvir isto. Pensando bem...Se as corporações (não as dos bombeiros que essas salvam vidas) são a entidade empregadora dos governos (até os que ganham eleições) porque razão o parlamento Europeu com os seus poderes deificados não haveria de aprovar em nosso nome e de governos fantoches?

Por cá no Estado da Nação? Mentira e medo são as armas usadas. Nunca pensei que Abril desse nisto! Pensando bem...
Para o inconseguimento ser conseguido eles são escolhidos a dedo...
ou então temos um pacto de importação de folhas de coca de refugo com a Colômbia e "eles" que mentem e instigam medo, andam sempre noutro mundo(melhor). 

Pensando bem...o mal é não importarmos tomates sem químicos da Grécia, para que esta salada globalizada e envenenada não se coma. 

Como amo a vida! Gosto de pensamentos positivos logo ao acordar 
(ver vídeos de gatos fofinhos é demasiado aborrecido) de rir muito, de coisas pequenas, de gestos sem alardes e de como seria bom não ver fingir a felicidade absoluta! 
Mas se pensar bem...não consigo evitar pensar em tudo o resto que me rodeia. 

Seria escorregar na falácia de mascarar a podre realidade que caiu em cima de todos nós. Quem de nós não tem amigos e familiares novos e velhos a ajustes duros com a vida? 
E não é culpa deles (incluo-me), ou de sonhos desmedidas (se é que ter uma vida confortável é uma alucinação), é mesmo resultado desta feia teia de interesses ligados ao dinheiro e ao poder, que se vai tornando lei por todo o planeta.
Que ainda aliena tanta gente. E aqui reside o perigo. Fazermos parte de uma sociedade esclavagista sem nos apercebermos nem nos defendermos. 
Demasiado entretidos que estamos a jogar bubbles e a tirar selfies enquanto as bolhas nos rebentam mesmo na cara.

Há algumas formas de escapar à matrix e alguns fazem-no. Benditos. Não devem nada a ninguém e fazem-se à estrada sem apegos. 
A eles dedico a minha poesia.
Admiro-os e como último pedido de um escravo condenado desejo não morrer sem dela conseguir escapar. Vivo a tentar e é aí que me alimento de vitalidade. 
Ser pobre mas feliz perdida algures em Zanzibar. Para já sou pobre e ainda devedora.

Não vos quero incomodar. Só quero a minha inquietude desabafar. 
É uma selfie de letras. Uma metade sorri, a outra metade corre a lágrima do menino (recordam-se do quadro das casas das avós em todos os lares lusos?).
A pedir ajuda, a pedir apoio no infortúnio. 
Somos todos emigrantes não amados por quem tem o poder e o dinheiro para ter poder, no mesmo barco que afunda. Falta pouco para selvaticamente nos atacarmos e deitarmos os mais fracos borda fora.
Já não tenho medo de morrer. Se acontecer viajarei leve leve, de nuvem em nuvem, com uma mochilinha de gomas. E ouvirei o espanto de Marx quando lhe contar que a China já tem bolsa. De valores. Sejam eles quais forem. E bolhas capitalistas. Ele vai-se rir na minha cara.

Não vos quero incomodar com as minhas bolhas. Quero ficar contente quando alguém lê as selfies de alerta, vindas de uma escrava condenada no mundo físico, mas ser absolutamente livre no reino do espírito e do pensamento.
Se é necessária mais uma opinião? Todas são. 
Gosto de saber que alguém escolheu ficar e passear algum tempo nas minhas palavras. 

Estes pés que me têm carregado as bagagens pesadas e as mais leves, levam-me a lugares e a pessoas que eu escolho ver, escutar, sentir e tocar. Por isso vejo, toco, escuto. E sinto. 
E o que sinto dói. Magoa-me os calos. E não me posso calar.

Porque pensando bem...a mensagem que quero gritar é que acredito num mundo sem estes fundos.

Matrix

Fiz uma pergunta ao terrorista capitalismo financeiro apanhado em flagrante delito:

-Se todos somos cidadãos legítimos nesta casa, por um curto tempo, como te arrogas o direito de ter mais poder que qualquer um, matando os sonhos, matando em e a vida, tratando todos como inimigos colocando uns quantos homens e mulheres a cegamente te servir? 

-É a matrix construída sobre a ganância do poder, estúpida!

Caso encerrado!




quarta-feira, 8 de julho de 2015

Prefiro morrer de frio a ter-vos como agasalho!

O referendo foi um "circo irrelevante" (palavras de Junker que completa dizendo gostar de perceber o que foi que o povo grego quis dizer com o OXI). 
A palhaçada não estava prevista pois não? 
Não viverão os vossos sonhos de poder acima das vossas possibilidades?
Eu cidadã escrava e irrelevante entendi imagine-se... e vou tentar explicar-lhe a si e ao seu exército, devagarinho, como se estivesse a falar para tontos devolvendo-vos o tratamento:
-A Grécia é o palco onde está a acontecer a batalha da resistência. A Esparta dos escravos que lutam pela liberdade que se perdeu nesta UE. São os herdeiros de Alexandre Magno a honrarem a linhagem. São os estrategas como Ulisses.
São a Normandia da Europa, de cobaias em experimentos para dominar (em tudo semelhantes aos realizados pelo Dr Josef Mengele) há muito identificados(desde G.Orwell e A.Huxley).
Os gregos vão ajudar a regressar a Ítaca.
Porque estão a escolher o iogurte com que querem ser comidos.
E vocês não são ingredientes do molho.
Antes cicuta!
E se Zeus me deixar junto-me ao exército deles contra o vosso, digo eu escrava, irrelevante e sonhadora: saiba que prefiro morrer de frio a ter-vos como agasalho.
Varoufakis pediu: "deixem-nos crescer para podermos pagar". Os senhores não querem.
Então os gregos responderam com luta no circo! Foi isso que vos quiseram dizer:
-ide-vos foder!
Infelizmente não se vendem comprimidos para o medo, senão prescrevia-lhos...

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Quem e porque razão deve o quê a quem?


Quando somos por natureza e hábito activistas humanitários(diga-se em favor do direito à dignidade da vida humana- antibiótico de largo espectro) vemos muitos resultados positivos acontecer. 
Sozinhos, sem o activismo e a solidariedade dos outros nada conseguimos.
Foi assim que Moses foi libertado, é assim que se consegue ir sabendo o paradeiro de alguns dos jovens que metem medo ao regime angolano, é assim que se consegue que Malala tenha verdadeiro impacto na vida das mulheres (e crianças mulheres) vítimas de violência (a maior de todas as violências) e um infindável número de outros exemplos. 
Estes factos instilam-me vontade de continuar a injectar "overdoses" da minha vitamina preferida E (de Eduardo Galeano) de Entusiasmo e Esperança contra as "overdoses" de soníferos que nos dão para anestesiar. 
E a A de activismo num cocktail bem misturado com a D e a H de direitos humanos.

Também cá precisamos de activismo, solidariedade e união. 
Para muitos milhares de lusitanos nem 10€ por dia podemos levantar no multibanco, contra os cofres cheios de algumas dezenas.
Para a maioria dos cidadãos na Europa, esta é que é a nova moda na passarela da vida europeia: 
-viver castrado ou em modo prostituição.
Deram-nos o preservativo roto e os espermatozóides loucos e doentes são os que rompem e fecundam.
A nossa missão: abortá-los! 
(Teremos essa oportunidade daqui a poucos meses)

Ah se eu fosse grega...com os dois braços e as duas mãos votaria NÃO a esta Europa que é contra os Direitos dos Humanos. 
Contra esta Europa muito pouco Sapiens e que amordaça a evolução.
Que escolheu o regresso dos povos europeus do sul à caverna da indigência.
O poder está nas nossas mãos. Sobretudo na capacidade de pensar. 
De acordar, de viver atento e consciente. E naturalmente de lutar antes da mais que provável 
a) extinção b) ascensão para junto dos anjos ou c) fazer arte aqui na terra.
Se eu pudesse escolher começaria pela pergunta para queijo na UE/ Euro:
-Quem e porque razão deve o quê a quem?

Estou com uma preocupação!