Este texto é dedicado aos artistas meus amigos (muitos felizmente), em especial às artes do meu coração a escrita e a dança. Na minha curta viagem a Lisboa fiquei a saber de gente minha que luta num terreno de guerra e como um refugiado o quer deixar e descobrir um porto de abrigo seguro. Para salvar a sua vida.
Mas a vida não deveria ser assim. São talentosos nas suas áreas e nada mais pedem que viver na e da sua arte sem mendigar.
Mas Portugal considera-nos (incluo-me) os "filhos de um Deus menor", quando se quisermos ver Deus, é na arte na qual nos exprimimos que encontramos Deus. Na arte é ele próprio e as artes são os seus filhos. Como na Natureza que matamos estamos a matar as expressões maiores de arte divina. Seja lá quem for Deus e mesmo nem acreditando nele.
Os artistas nada têm de menor. Muitos destroem a sua arte, transformam-na num filho menor porque dela não podem viver.
Para onde vamos? Queremos apenas trabalhar desenfreadamente para viver e viver para trabalhar desenfreadamente?
Inquieta-me e aflige-me que os artistas, os filhos maiores da arte, porque criam, não podem viver da sua arte nem para a sua arte sem morrer de fome, sem se vender, sem ter de "cair na realidade", sem ter um chapéu de protecção, uma cunha, ou alguém que o mercantilize. Se eu quiser trazer o meu livro para a luz tenho não apenas de ser o escritor, mas o revisor, o editor, o promotor/vendedor em todo o lado. E isso inquieta-me porque não sei ser as outras coisas para além de escritora.
E o livro?...fica nas prateleiras, esquecido de e por todos. Esquecidos estão quase todos os outros artistas de quase todas as artes.
Sem arte e sem cultura não há sementes de futuro que germinem.Portugal tem bons fertilizantes mas o seu útero está seco.
Alguém consegue imaginar-se a viver sem o fascínio, a alegria, os mistérios da musica, da dança, da pintura, da poesia, das histórias em livros, num palco, num cinema? Imagino que não, porque somos todos feitos da mesma massa. Merecemos muito mais.
O melhor da vida está nas artes. Então aflijam-se e inquietem-se comigo por todos os artistas porque são eles os criadores, os dadores do sangue universal. Do que a vida tem de maior.
Mas a vida não deveria ser assim. São talentosos nas suas áreas e nada mais pedem que viver na e da sua arte sem mendigar.
Mas Portugal considera-nos (incluo-me) os "filhos de um Deus menor", quando se quisermos ver Deus, é na arte na qual nos exprimimos que encontramos Deus. Na arte é ele próprio e as artes são os seus filhos. Como na Natureza que matamos estamos a matar as expressões maiores de arte divina. Seja lá quem for Deus e mesmo nem acreditando nele.
Os artistas nada têm de menor. Muitos destroem a sua arte, transformam-na num filho menor porque dela não podem viver.
Para onde vamos? Queremos apenas trabalhar desenfreadamente para viver e viver para trabalhar desenfreadamente?
Inquieta-me e aflige-me que os artistas, os filhos maiores da arte, porque criam, não podem viver da sua arte nem para a sua arte sem morrer de fome, sem se vender, sem ter de "cair na realidade", sem ter um chapéu de protecção, uma cunha, ou alguém que o mercantilize. Se eu quiser trazer o meu livro para a luz tenho não apenas de ser o escritor, mas o revisor, o editor, o promotor/vendedor em todo o lado. E isso inquieta-me porque não sei ser as outras coisas para além de escritora.
E o livro?...fica nas prateleiras, esquecido de e por todos. Esquecidos estão quase todos os outros artistas de quase todas as artes.
Sem arte e sem cultura não há sementes de futuro que germinem.Portugal tem bons fertilizantes mas o seu útero está seco.
Alguém consegue imaginar-se a viver sem o fascínio, a alegria, os mistérios da musica, da dança, da pintura, da poesia, das histórias em livros, num palco, num cinema? Imagino que não, porque somos todos feitos da mesma massa. Merecemos muito mais.
O melhor da vida está nas artes. Então aflijam-se e inquietem-se comigo por todos os artistas porque são eles os criadores, os dadores do sangue universal. Do que a vida tem de maior.
"Filhos de um Deus menor"
Era uma vez um artista que fazia arte com o coração por isso o chamavam He-art-ist. Na arte aprendia a paz. No seu colo se deita a observar o oásis que respira. Na arte requebra-se e dança até ficar sem fôlego. Até perder a tenda, o camelo, a bebedeira. A arte engole sôfrego. O que a vida lhe traz. Com a lua por céu faz de equilibrista, sem rede de salvação para o artista. Desabituado de protecção, o artista despe-se, com a arte faz o seu traje, a sua canção. Na arte, aprende a ser um colibri lançando-se de asas abertas em voo, largando braços que o fecham, em busca de beijos de baunilha que em liberdade o fortaleçam. Na arte amadurecem, ao continuar sem entender os mistérios, os milagres, em asas de aço crescem. Fazem da arte a arte de viver, mesmo quando o olhar de lágrimas se cobre e se torna turvo.
O artista é ele próprio, mesmo quando não sabe quem é. Descubro que também tenho coração de artista e a arte no coração.
Sonhamos ser exclusivamente da arte, por ela possuídos, nela amados. Mas tantos são os traídos, os rejeitados, os ignorados e até os vendidos.
Pudera ser casada apenas com a minha arte...para no sono que durmo, fazer como os artistas e criar todos os sonhos acordados.
O artista é ele próprio, mesmo quando não sabe quem é. Descubro que também tenho coração de artista e a arte no coração.
Sonhamos ser exclusivamente da arte, por ela possuídos, nela amados. Mas tantos são os traídos, os rejeitados, os ignorados e até os vendidos.
Pudera ser casada apenas com a minha arte...para no sono que durmo, fazer como os artistas e criar todos os sonhos acordados.
Sem comentários:
Enviar um comentário