Capítulo 2 e meio e uma tentativa de epí-logo
Neste período de calamidade politica, e, como quando
acontece uma calamidade algures, pedimos um reforço da solidariedade e damos o
que temos, enviamos o que podemos, precisamos urgentemente que nos sejam
oferecidos políticos de excelência.
Gente inteligente (políticos e empresários) que perceba
que a natureza e os recursos naturais sobrevivem sem o homem e regenera-se, mas
nós apenas aumentamos o desgaste e morremos se ela não existir.
Gente inteligente que perceba que se aumentar os
salários e as boas condições sociais e de trabalho, aliados à sustentabilidade,
as pessoas voltam a consumir o que precisam, a produzir mais, a pagar impostos
porque os vêm bem aplicados na Educação, Saúde, Infraestruturas etc, consequentemente
as empresas vendem mais e têm maior rentabilidade.
Se o carro não tiver gasolina, nem o condutor nem a
máquina por si só a conseguem fazer andar.
Porque é simples mudar e basta fazer o contrário da
receita que se está a aplicar. Sair deste ciclo vicioso e asfixiante.
Como aconteceu na grande depressão de 1930.
Há que mudar como se produz e aumentar a
produtividade, melhorando as organizações das empresas, trabalhar muito, e ter
melhores salários, mudar a forma como nos relacionamos e deitar abaixo este
sistema especulativo para reequilibrar o poder dos grupos sociais.
Com melhores salários aumenta a capacidade de compra e
a qualidade de vida.
A economia agradece. E nós cidadãos também.
Busquemos os bons exemplos de trabalho e produção, bem-estar
social do Norte da Europa para aumentar a qualidade de vida, da cidadania e com
ela melhorar a produtividade no nosso país ou ao contrário.
As duas vão em caminhos paralelos. E como somos um
povo criativo, seremos capazes de fazer nascer ideias novas. É uma opção.
Ou então reduza-se tudo. Ou já agora destrua-se tudo.
Saúde, educação, pensões, benefícios sociais,
incluindo os benefícios de quem apenas trabalhou meia dúzia de anos para o
Estado e tem reformas por inteiro. E todos os outros que sabemos pais,tios,irmãos e cunha-dos do descalabro.
Torne-se toda a gente submissa e dócil, em empregos
precários e mal pagos e ofereça-se a casa dos segredos para distracção e temos o
caldinho apurado para nascer uma ditadura.
Ou acabarmos antes do dia 21.12.2012.
É a outra opção.
Estúpidos! Este sistema mercantilista é um fiasco na
História da Humanidade.
Parece que nada aprendemos com 2 Guerras mundiais e a
Depressão em 1930. Só na História mais recente.
E todos sabemos que os mercados são um lago infestado
de crocodilos (corporações) que detém poder e determinam tanto o custo de
trabalho como preços de produtos aumentando-os e mantendo-os como querem, a seu
belo prazer (ver caso da gasolina/petrolíferas).
E os salários reais não só não aumentam como se perdeu
poder de compra. Todos sentimos na carteira. É um facto. E uma la palissada grande. Mas vendem-nos que nós é que vivemos acima das possibilidades...
Tudo por causa de políticas
suicidárias. Que estão a levar ao suicídio demasiados inocentes. Basta um, para
ser demais. E suficiente para ficar na culpa da consciência colectiva.
Até os macacos aprendem que se vão beber água aos rios
onde estão crocodilos que os podem comer, não repetem os erros e não voltam ao
local.
E todos sabemos que não é saudável atirarmo-nos a um
lago com tubarões (mercados) quando sangramos
(Portugal,Irlanda,Grécia,Espanha).
As escolhas estão aí. Queremos continuar estúpidos ou
escolhemos ser criativos?
Devolva-se à Europa, a cada país, as respectivas
soberanias e regresse-se ao caminho da democracia, numa Europa que se pretende
unida, solidária, multicultural mas porque não é homogénea em nenhuma das suas
vertentes, tornemo-la independente para tomar as suas próprias decisões e,
reformar o que é necessário, respeitando a vontade dos seus cidadãos.
N.Farage no parlamento europeu disse e bem, países
como a ex Jugoslávia, com culturas, línguas e estruturas económicas diferentes
mantida unido à força, cedo ou tarde se desmorona. Como aconteceu.
Parece-me evidente que um governo supranacional em
Bruxelas ou em Berlim que dita regras sem o consenso dos cidadãos de países com
culturas, estruturas económicas, línguas diferentes e a nossa perda activa de
soberania, vai acabar mal.
É urgente que cada país da EU aprenda a redistribuir
melhor as riquezas e a tapar o poder infinito destes régulos (mercados e
grandes corporações).
É urgente começar um sistema totalmente novo de
financiamento das pequenas e médias empresas.
É urgente supervisionar e regular de forma
transparente o uso de dinheiros públicos e da banca.
É urgente levar a cabo auditorias independentes e
responsabilizar a desgovernação, corrupção e outras palavras terminadas assim,
com dinheiros públicos e privados no casino em que transformámos as nossas
sociedades.
E saber qual é a parte considerada “odiosa”. Será certamente
a maior parte.
É urgente que ninguém se deixe cair no conto que tem
de pagar o que não gastou, nem aproveitou. Que viveu acima das suas
possibilidades. É aceitar o ónus da culpa de outrem.
É urgente fazer regressar a ética e a justiça a todo o
sistema bancário, económico, social.
É urgente exigir o regresso de cada país às suas
actividades produtivas.
É urgente que cada família tome parte do processo
responsabilizando-se por novas formas de pensar os seus financiamentos e
gastos.
É urgente todos pagarmos impostos justos, exigir a
justiça fiscal e a sua correcta aplicação.
É urgente reescrever novas regras de vida deste
planeta de acordo com vidas mais simples e menos artificiais. Para darmos como
presente ao futuro dos nossos filhos.
A vida não é só hoje, nem acaba agora. Nem é apenas
para uns quantos eleitos. Todos somos eleitos para a vida. E temos obrigação de
a recuperar.
É urgente pedir aos Maias por favor, para quando
chegar o dia previsto, que levem aqueles que eles sabem quem são e nós também, para
um qualquer planeta perdido, quente e sem água como Shakespeare teria inventado.
Onde estes não eleitos,mas auto-proclamados deuses do mundo, se envenenem mutuamente.
E se Berlusconi ganhar as eleições em Itália, peço
para ser eu levada para uma ilha deserta noutra galáxia.
Significa que se
acabou o drama, começou a comédia com Roma de novo em chamas. E com ela, o fim do Império.
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