sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Capítulo 2 e meio e uma tentativa de epí-logo

continuação da história anterior...


Capítulo 2 e meio e uma tentativa de epí-logo

Neste período de calamidade politica, e, como quando acontece uma calamidade algures, pedimos um reforço da solidariedade e damos o que temos, enviamos o que podemos, precisamos urgentemente que nos sejam oferecidos políticos de excelência.

Gente inteligente (políticos e empresários) que perceba que a natureza e os recursos naturais sobrevivem sem o homem e regenera-se, mas nós apenas aumentamos o desgaste e morremos se ela não existir.

Gente inteligente que perceba que se aumentar os salários e as boas condições sociais e de trabalho, aliados à sustentabilidade, as pessoas voltam a consumir o que precisam, a produzir mais, a pagar impostos porque os vêm bem aplicados na Educação, Saúde, Infraestruturas etc, consequentemente as empresas vendem mais e têm maior rentabilidade.

Se o carro não tiver gasolina, nem o condutor nem a máquina por si só a conseguem fazer andar.
Porque é simples mudar e basta fazer o contrário da receita que se está a aplicar. Sair deste ciclo vicioso e asfixiante.
Como aconteceu na grande depressão de 1930.

Há que mudar como se produz e aumentar a produtividade, melhorando as organizações das empresas, trabalhar muito, e ter melhores salários, mudar a forma como nos relacionamos e deitar abaixo este sistema especulativo para reequilibrar o poder dos grupos sociais.

Com melhores salários aumenta a capacidade de compra e a qualidade de vida.
A economia agradece. E nós cidadãos também.

Busquemos os bons exemplos de trabalho e produção, bem-estar social do Norte da Europa para aumentar a qualidade de vida, da cidadania e com ela melhorar a produtividade no nosso país ou ao contrário.

As duas vão em caminhos paralelos. E como somos um povo criativo, seremos capazes de fazer nascer ideias novas. É uma opção.

Ou então reduza-se tudo. Ou já agora destrua-se tudo.

Saúde, educação, pensões, benefícios sociais, incluindo os benefícios de quem apenas trabalhou meia dúzia de anos para o Estado e tem reformas por inteiro. E todos os outros que sabemos pais,tios,irmãos e cunha-dos do descalabro.

Torne-se toda a gente submissa e dócil, em empregos precários e mal pagos e ofereça-se a casa dos segredos para distracção e temos o caldinho apurado para nascer uma ditadura. 
Ou acabarmos antes do dia 21.12.2012.
É a outra opção.
Estúpidos! Este sistema mercantilista é um fiasco na História da Humanidade.

Parece que nada aprendemos com 2 Guerras mundiais e a Depressão em 1930. Só na História mais recente.

E todos sabemos que os mercados são um lago infestado de crocodilos (corporações) que detém poder e determinam tanto o custo de trabalho como preços de produtos aumentando-os e mantendo-os como querem, a seu belo prazer (ver caso da gasolina/petrolíferas).

E os salários reais não só não aumentam como se perdeu poder de compra. Todos sentimos na carteira. É um facto. E uma la palissada grande. Mas vendem-nos que nós é que vivemos acima das possibilidades...

Tudo por causa de políticas suicidárias. Que estão a levar ao suicídio demasiados inocentes. Basta um, para ser demais. E suficiente para ficar na culpa da consciência colectiva.

Até os macacos aprendem que se vão beber água aos rios onde estão crocodilos que os podem comer, não repetem os erros e não voltam ao local.

E todos sabemos que não é saudável atirarmo-nos a um lago com tubarões (mercados) quando sangramos (Portugal,Irlanda,Grécia,Espanha).

As escolhas estão aí. Queremos continuar estúpidos ou escolhemos ser criativos?

Devolva-se à Europa, a cada país, as respectivas soberanias e regresse-se ao caminho da democracia, numa Europa que se pretende unida, solidária, multicultural mas porque não é homogénea em nenhuma das suas vertentes, tornemo-la independente para tomar as suas próprias decisões e, reformar o que é necessário, respeitando a vontade dos seus cidadãos.

N.Farage no parlamento europeu disse e bem, países como a ex Jugoslávia, com culturas, línguas e estruturas económicas diferentes mantida unido à força, cedo ou tarde se desmorona. Como aconteceu.

Parece-me evidente que um governo supranacional em Bruxelas ou em Berlim que dita regras sem o consenso dos cidadãos de países com culturas, estruturas económicas, línguas diferentes e a nossa perda activa de soberania, vai acabar mal.

É urgente que cada país da EU aprenda a redistribuir melhor as riquezas e a tapar o poder infinito destes régulos (mercados e grandes corporações).

É urgente começar um sistema totalmente novo de financiamento das pequenas e médias empresas.

É urgente supervisionar e regular de forma transparente o uso de dinheiros públicos e da banca.

É urgente levar a cabo auditorias independentes e responsabilizar a desgovernação, corrupção e outras palavras terminadas assim, com dinheiros públicos e privados no casino em que transformámos as nossas sociedades.

E saber qual é a parte considerada “odiosa”. Será certamente a maior parte.

É urgente que ninguém se deixe cair no conto que tem de pagar o que não gastou, nem aproveitou. Que viveu acima das suas possibilidades. É aceitar o ónus da culpa de outrem.

É urgente fazer regressar a ética e a justiça a todo o sistema bancário, económico, social.

É urgente exigir o regresso de cada país às suas actividades produtivas.

É urgente que cada família tome parte do processo responsabilizando-se por novas formas de pensar os seus financiamentos e gastos.

É urgente todos pagarmos impostos justos, exigir a justiça fiscal e a sua correcta aplicação.

É urgente reescrever novas regras de vida deste planeta de acordo com vidas mais simples e menos artificiais. Para darmos como presente ao futuro dos nossos filhos.

A vida não é só hoje, nem acaba agora. Nem é apenas para uns quantos eleitos. Todos somos eleitos para a vida. E temos obrigação de a recuperar.

É urgente pedir aos Maias por favor, para quando chegar o dia previsto, que levem aqueles que eles sabem quem são e nós também, para um qualquer planeta perdido, quente e sem água como Shakespeare teria inventado. 
Onde estes não eleitos,mas auto-proclamados deuses do mundo, se envenenem mutuamente.

E se Berlusconi ganhar as eleições em Itália, peço para ser eu levada para uma ilha deserta noutra galáxia. 

Significa que se acabou o drama, começou a comédia com Roma de novo em chamas. E com ela, o fim do Império.

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