sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Era uma vez…Uma história de ganância que anunciou a morte de Nações


Resumo: Uma história de Fraude e especulação

Como aqui chegámos e para onde caminhamos
Capítulo 1 e meio

Um dia, não há muito tempo, nos EUA, os bancos começaram a especular vendendo produtos derivados (ou derivativos) dos empréstimos hipotecários aos bancos globais

(por exemplo: seguros,
Juntaram às hipotecas os valores para compras de carros, mobílias, empréstimos a estudantes,
casas que valiam 100 como se valessem 150-subprime,
às boas hipotecas-prime).

Qualquer miúdo(agora que sabemos)percebe que isto é um jogo perigoso e não se estava a jogar na playstation ou virtualmente. Virtual era o dinheiro. Virtual era o valor dos derivados. 

Real era de onde o dinheiro era retirado e para onde ia. O dinheiro vinha dos países e bancos que compravam estes derivados. Como num jogo.

Como se o mundo global fosse um casino gigante. E os cidadãos apenas peões neste jogo. Como se fossem não, fomos e somos.

Venderam para a Europa, o grande mercado financeiro em que transformaram a maioria dos países com o Euro. 

As actividades produtivas tinham sido compradas e vendidas entre os grandes e pequenos países. Sem olhar a estruturas. Sem pensar nos peões. Sem olhar a economias. Num dia a bica custava 50 escudos. No dia a seguir custava €0,50 (110 escudos),no caso luso.

Em troca de euros, para que se pudesse especular sem barreiras na Europa, destruía-se o que dá sustento e emprego às famílias do mundo inteiro: a produção pelo trabalho. Ou, o trabalho, produzindo.

Os bancos como forma de arranjar mais dinheiro, emprestavam aos privados (famílias e indivíduos), e às pequenas e médias empresas.

Quando este castelo de cartas sem fundações ruiu, ruiu o mundo com ele e a fome começou a chegar. São os riscos do jogo e da especulação.

O desemprego, as empresas a falir, as famílias sem poderem dar resposta às necessidades básicas. E, sem poderem pagar os empréstimos.

Se alguém que pediu um empréstimo para uma casa que valia 100 e recebeu 250 a convite do banco e englobou o carro, o curso na Universidade e as mobílias no IKEA e deixou de poder pagar…a pirâmide começa a ruir.

Com a maior facilidade traz o resto atrás. Era recuperável se fosse um jogo de Nintendo. Com os comandos “delete+restart”.

Mas eis que os Estados (o pai), de novo a começar nos EUA, viram os seus bancos a ruir e começaram a salvá-los, injectando dinheiro. Muito dinheiro. Que pertencia aos cidadãos(filhos).

Os outros filhos pagaram, que são quem alimenta a economia porque produzem trabalho. A Banca produz…especulação e alimenta o jogo.

Aqueles que não foram a tempo arrastaram o mundo deles consigo pelo mundo fora.
Outros houve que se salvaram, porque o Pai Estado pagou as dívidas. E safaram-se. Mas não empregaram o dinheiro para também se equilibrarem e voltar a fazê-lo circular.

Do outro lado do fio, estavam os outros filhos-cidadãos privados ou com empresas de pequeno porte a naturalmente pagarem com os seus impostos os salvamentos de todos estes irmãos prevaricadores.

E com isto viram-se a ser engolidos pelo tsunami sem um prévio aviso. E sem hipótese que prosseguir a vida porque já não recebiam crédito.
E sem dinheiro não há economia, estúpidos! Disse o outro…

O Estado viu-se com uma dívida maior porque pagou com o dinheiro dos outros filhos a negligente especulação do filho banco. E viu-se com desemprego crescente. E a crescer. E empresas a falir. E cada vez mais despesas.
E sem dinheiro a economia não funciona, estúpidos! Reafirmo eu!

Mas o filho banco, e o pai já manipulado porque devedor e porque ele próprio aderiu ao jogo, aproveitando-se da necessidade de financiamento do pai, emprestou, o que foi de novo pedir aos agiotas do casino (mercados).

Mas também a uma santa trindade de abutres que leva o mesmo nome. Porque se alimenta, a bifes diários, da desgraça alheia. Como tantos lhe apanharam o gosto...

Emprestavam-lhe a 1% e o filho emprestava ao pai a 5%. E aos irmãos para que estes sobrevivessem.
Chamo a isto poker de mão. Obrigaram o pai a vender as calças, as cuecas, o fio d´ouro. Sem passar pela (o) Sala, aquele tonto do bigode.

O pai exigia cortar nas despesas sociais e nos salários. Cortar nos serviços prestados conseguidos depois do sangue derramado em 2 guerras mundiais. Com muito sangue dos filhos.
Há menos de 70 anos.

Menos gastos, menos dinheiro e sem dinheiro a economia pára, estúpidos. É assim a economia, estúpidos!

Como os países estão todos interdependentes e unidos pelo abraço forte e restritivo do Euro, a madrasta da Cinderela Europa veio tardia, clandestina, insuficiente e improvisadamente dar “ajuda” aos seus países (filhos).
Estes que quase se despencaram e começaram a vender as joias das coroas, ou das repúblicas, a preços de saldos sobre saldos a mando dos mercados extorsionistas.

Estão a ser saqueados como noutros tempos da História.

Quando o jogo se revelou uma mão cheia de bluff, o pai nem castigou o filho negligente e jogador, nem mudou as regras de convivência com a família. Deixou-o livre. Sem moral. Porque ele próprio estava contagiado pela imoralidade do jogo. Viciado e corrompido.

Nem corrigiu ou impôs as medidas certas para que se cortasse naquilo que era fútil, desnecessário, evitável.
O filho, dissimulado e manipulador para que o pai não se apercebesse, “mandou-o” relaxar a supervisão e pediu a uns primos, pagos também pelos bancos, que fizessem umas avaliações da qualidade dos produtos.

As prostitutas agências de rating. Hum…parece-me a maior fraude que já se fez. Ou poker de mão, de novo.

Fraude e especulação é o resumo desta história.

O filho estava com comportamentos irresponsáveis e delirantes. Precisava de internamento porque colocava em risco e era um perigo para toda a sociedade.

E ia continuar com essa doença e sem a terapia adequada. O jogo é uma doença e sem tratamento ia continuar a prejudicar quem estivesse em seu redor. Todos!

O mundo viu-se sob o ataque terrorista dos mercados financeiros.
Tudo isto aconteceu não por fado, nem por flamenco, nem por outras tragédias.

Aconteceu porque vendemos economias produtivas para passarmos a ter actividades especulativas, com a Europa como coração e, sem cabeça.

Vai continuar ainda no capítulo 2 e um quarto


Vai continuar ainda, no capítulo 2 e um quarto
já só com algumas potenciais alternativas,a menos que vá desta para muito melhor numa nave de pedra raptada por uma figuras verdes e olhos gigantones por essa data antes do Natal.
Este,sem vaca e sem burro,para poupar.
Mas com o menino estendido nas palhinhas já que ele sim não tinha pretenções.
Se passarmos do Natal é porque o Sporting desceu de divisão.

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