Resumo: Uma história de Fraude e
especulação
Como aqui chegámos e para onde
caminhamos
Capítulo 1 e meio
Um dia, não há muito tempo, nos EUA, os bancos
começaram a especular vendendo produtos derivados (ou derivativos) dos
empréstimos hipotecários aos bancos globais
(por exemplo: seguros,
Juntaram às hipotecas os valores para compras de
carros, mobílias, empréstimos a estudantes,
casas que valiam 100 como se valessem 150-subprime,
às boas hipotecas-prime).
Qualquer miúdo(agora que sabemos)percebe que isto é um jogo perigoso e
não se estava a jogar na playstation ou virtualmente. Virtual era o dinheiro.
Virtual era o valor dos derivados.
Real era de onde o dinheiro era retirado e
para onde ia. O dinheiro vinha dos países e bancos que compravam estes
derivados. Como num jogo.
Como se o mundo global fosse um casino gigante. E os
cidadãos apenas peões neste jogo. Como se fossem não, fomos e somos.
Venderam para a Europa, o grande mercado financeiro em
que transformaram a maioria dos países com o Euro.
As actividades produtivas
tinham sido compradas e vendidas entre os grandes e pequenos países. Sem olhar
a estruturas. Sem pensar nos peões. Sem olhar a economias. Num dia a bica custava 50 escudos. No dia a seguir custava €0,50 (110 escudos),no caso luso.
Em troca de euros, para que se pudesse especular sem
barreiras na Europa, destruía-se o que dá sustento e emprego às famílias do
mundo inteiro: a produção pelo trabalho. Ou, o trabalho, produzindo.
Os bancos como forma de arranjar mais dinheiro,
emprestavam aos privados (famílias e indivíduos), e às pequenas e médias
empresas.
Quando este castelo de cartas sem fundações ruiu, ruiu
o mundo com ele e a fome começou a chegar. São os riscos do jogo e da
especulação.
O desemprego, as empresas a falir, as famílias sem
poderem dar resposta às necessidades básicas. E, sem poderem pagar os
empréstimos.
Se alguém que pediu um empréstimo para uma casa que
valia 100 e recebeu 250 a convite do banco e englobou o carro, o curso na
Universidade e as mobílias no IKEA e deixou de poder pagar…a pirâmide começa a
ruir.
Com a maior facilidade traz o resto atrás. Era recuperável
se fosse um jogo de Nintendo. Com os comandos “delete+restart”.
Mas eis que os Estados (o pai), de novo a começar nos
EUA, viram os seus bancos a ruir e começaram a salvá-los, injectando dinheiro.
Muito dinheiro. Que pertencia aos cidadãos(filhos).
Os outros filhos pagaram, que são quem alimenta a
economia porque produzem trabalho. A Banca produz…especulação e alimenta o
jogo.
Aqueles que não foram a tempo arrastaram o mundo deles
consigo pelo mundo fora.
Outros houve que se salvaram, porque o Pai Estado
pagou as dívidas. E safaram-se. Mas não empregaram o dinheiro para também se
equilibrarem e voltar a fazê-lo circular.
Do outro lado do fio, estavam os outros
filhos-cidadãos privados ou com empresas de pequeno porte a naturalmente pagarem
com os seus impostos os salvamentos de todos estes irmãos prevaricadores.
E com isto viram-se a ser engolidos pelo tsunami sem
um prévio aviso. E sem hipótese que prosseguir a vida porque já não recebiam
crédito.
E sem dinheiro não há economia, estúpidos! Disse o
outro…
O Estado viu-se com uma dívida maior porque pagou com
o dinheiro dos outros filhos a negligente especulação do filho banco. E viu-se
com desemprego crescente. E a crescer. E empresas a falir. E cada vez mais
despesas.
E sem dinheiro a economia não funciona, estúpidos!
Reafirmo eu!
Mas o filho banco, e o pai já manipulado porque
devedor e porque ele próprio aderiu ao jogo, aproveitando-se da necessidade de
financiamento do pai, emprestou, o que foi de novo pedir aos agiotas do casino (mercados).
Mas também a uma santa trindade de abutres que leva o
mesmo nome. Porque se alimenta, a bifes diários, da desgraça alheia. Como tantos lhe apanharam o gosto...
Emprestavam-lhe a 1% e o filho emprestava ao pai a 5%.
E aos irmãos para que estes sobrevivessem.
Chamo a isto poker de mão. Obrigaram o pai a vender as
calças, as cuecas, o fio d´ouro. Sem passar pela (o) Sala, aquele tonto do
bigode.
O pai exigia cortar nas despesas sociais e nos
salários. Cortar nos serviços prestados conseguidos depois do sangue derramado
em 2 guerras mundiais. Com muito sangue dos filhos.
Há menos de 70 anos.
Menos gastos, menos dinheiro e sem dinheiro a economia
pára, estúpidos. É assim a economia, estúpidos!
Como os países estão todos interdependentes e unidos
pelo abraço forte e restritivo do Euro, a madrasta da Cinderela Europa veio
tardia, clandestina, insuficiente e improvisadamente dar “ajuda” aos seus países
(filhos).
Estes que quase se despencaram e começaram a vender as joias das coroas, ou
das repúblicas, a preços de saldos sobre saldos a mando dos mercados extorsionistas.
Estão a ser saqueados como noutros tempos da História.
Quando o jogo se revelou uma mão cheia de bluff, o
pai nem castigou o filho negligente e jogador, nem mudou as regras de convivência
com a família. Deixou-o livre. Sem moral. Porque ele próprio estava contagiado
pela imoralidade do jogo. Viciado e corrompido.
Nem corrigiu ou impôs as medidas certas para que se
cortasse naquilo que era fútil, desnecessário, evitável.
O filho, dissimulado e manipulador para que o pai não
se apercebesse, “mandou-o” relaxar a supervisão e pediu a uns primos, pagos
também pelos bancos, que fizessem umas avaliações da qualidade dos produtos.
As prostitutas agências de rating. Hum…parece-me a
maior fraude que já se fez. Ou poker de mão, de novo.
Fraude e especulação é o resumo desta história.
O filho estava com comportamentos irresponsáveis e
delirantes. Precisava de internamento porque colocava em risco e era um perigo
para toda a sociedade.
E ia continuar com essa doença e sem a terapia
adequada. O jogo é uma doença e sem tratamento ia continuar a prejudicar quem
estivesse em seu redor. Todos!
O mundo viu-se sob o ataque terrorista dos mercados
financeiros.
Tudo isto aconteceu não por fado, nem por flamenco,
nem por outras tragédias.
Aconteceu porque vendemos economias produtivas para
passarmos a ter actividades especulativas, com a Europa como coração e, sem
cabeça.
Vai continuar ainda no capítulo 2 e um quarto
Vai continuar ainda, no capítulo 2 e um quarto
já só com algumas potenciais alternativas,a menos que vá desta para muito melhor numa nave de pedra raptada por uma figuras verdes e olhos gigantones por essa data antes do Natal.
Este,sem vaca e sem burro,para poupar.
Mas com o menino estendido nas palhinhas já que ele sim não tinha pretenções.
Se passarmos do Natal é porque o Sporting desceu de divisão.
Vai continuar ainda, no capítulo 2 e um quarto
já só com algumas potenciais alternativas,a menos que vá desta para muito melhor numa nave de pedra raptada por uma figuras verdes e olhos gigantones por essa data antes do Natal.
Este,sem vaca e sem burro,para poupar.
Mas com o menino estendido nas palhinhas já que ele sim não tinha pretenções.
Se passarmos do Natal é porque o Sporting desceu de divisão.
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