Um dia conheci um povo, vários povos, que na sua
história têm muitos exemplos de indivíduos de enorme coragem, brilhantismo e bondade.
Estes povos estão hoje em guerra e precisam de se defender. Somos vítimas.
Mas também temos que mostrar que herdámos os genes destes antepassados.
Temos que nos defender do caos, naturalmente sem
rédeas, em que nos sentamos, totalmente desprotegidos.
Para valer a pena
amanhecer.
Orgulho-me de cada um que não deixa de despir os fatos com os factos que nos sujam colectiva e individualmente.
Que o fazem em nome do bem comum e da
sobrevivência individual, ambas verdades e realidades insofismáveis e
inseparáveis.
Porque mostram as roupas rasgadas e os bolsos
sujos cerzidos nas peles dos predadores que hoje vestem a pele do poder.
Porque cada vez mais é complicado ter acesso às verdades
veiculadas pelos meios de comunicação que por defeito estão em modo de
manipulação.
Estamos enfraquecidos mas não derrotados e, como
Einstein através da ciência constatou, “ os seres humanos não
estão condenados, devido à sua constituição biológica, a exterminarem-se uns
aos outros ou a ficarem à mercê de um destino cruel e auto-infligido”.
Escolhi uma canção que foi escrita e dedicada às vítimas
de violência doméstica pelos que as deveriam amar.
Hoje dedico-a aos povos vitimas de violência
doméstica que tal como estas, são vitimas dos seus carrascos.
Estes carrascos estão identificados por serem os que
hoje fingem que fazem política, mascarados de políticos, desvirtuando e vulgarizando
a nobre arte de fazer política e do uso do poder.
Porque são verdadeiramente pobres e nada mais
conhecem. É deles o reino dos tristes.
Mas não vamos por causa deles “ganhar maus
costumes” como já contra os nazis, outras vozes conscientes, se levantaram.
Dedico-a a todos os cantos do mundo, mas em
especial aos que me tocam fundo.
Este onde estou, aquele que cresci e deixei,
aquele onde nasci. Todos em guerras profundas para encontrar um caminho, a paz
interna, uma vida em equilíbrio com a vida.
O desejo e o sonho de começar de novo é hoje mais
forte que o desejo de se deixar ficar amarrado ao que já apodreceu.
Tenho apenas uma certeza que me vem do que já
aprendi. De certeza que certamente um dia tudo mudará.
Por causa destes homens que hoje expõe no nu das
nossas vidas, o nu em que se encontram as experiências de que somos alvo.
Troque-se os que autorizam, viajam pela vida impunes, permitem e fazem uso,
usando, do amor pelo poder. Dê-se lugar ao poder do amor, que como dizia Ghandi,
apenas no dia em que esta realidade for encontrada e trocada, conheceremos a
paz.
Tenham um bom dia. Não nos calemos,nem paremos de agir. Com muita musica, resistência e
desobediência, pelo que não está de acordo com a natureza da alma dos homens individual e colectiva.
Como o foi no dia da tomada da Bastilha. Um dia vai ser o dia.
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