quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Portugaldo e os direitos pouco humanos



Na espuma dos nossos dias

Do que eu tenho mesmo medo é de me confrontar com o potencial cenário no livro 1984 de George Orwell. Porque não fomos capazes de pensar e, por falta de força anímica. Que vem da alma. Que nos faz ser Portugaldo, quando queremos.

Uma espécie de “força incrível” que a jovem heroína Malala tem e, uma das razões porque lhe foi recentemente atribuído o prémio Sakharov. Também pela “liberdade de pensamento”, na defesa das mulheres à educação no seu país Paquistão.

Do que eu tenho mesmo medo, é que em Portugal que tem por exemplo a sua educação em estado de xeque-mate, não surjam Malalas em defesa dos direitos humanos. Ou na Europa da União.
Que está ameaçada sobretudo quando Merkel recebe o prémio Indira Ghandi para a Paz, pela “liderança exemplar da Europa e do mundo durante a crise financeira”. Aqui se levanta a minha estupidez e inquietação. Ai sim? A mãe da ministra das finanças portuguesa é o melhor que se consegue arranjar para este prémio?

Vou lamber as minhas feridas e esperar, ó esperança vil, que os que acreditam em milagres sejam com eles abençoados e eu, por reflexo. Mas não me conformo nem desisto de desobedecer e marchar contra canhões se preciso for.

Porque não estamos em paz, não vivemos tranquilos nem sem inquietações. Que vão das mais básicas às mais profundas e filosóficas.

Os nossos algozes de hoje são estes “ícones” como Merkel, Obama, Barroso, Schaubl, Van Rompuy, Rumsfeld, e os Passos, Silva, Crato, e tantos outros, comprados pelas corporações e pelo dinheiro.
Ou comprados pelos et´s. Tanto faz, não vejo diferenças.

Mas do que mais tenho medo é que um dia, alguém como Hanna Arendt venha escrever sobre um dos nossos algozes de hoje. E mostre a brutalidade da banalização do mal. E a utilização destes seres medíocres para o gerar.
Patrocinando a tortura por seres simples e educados, sobre outros.
E que através destes, consigam impor regimes totalitários usando as tecnologias ao seu dispor e as roupas de marca para construir uma imagem agradável.

Em Israel depois de todo o sofrimento do Holocausto e todo o mal associado, não são precisas saudações de braço esticado, ou outros símbolos para se praticar o mesmo mal que se praticou na 2ªGM, por pessoas banais, em nome da segurança do Estado. Congratulo-me pelo gesto do nosso CR7, ao não trocar de camisola no final do jogo com os israelitas, chamando-lhes assassinos.

Do que eu tenho medo é que a hipnose colectiva não tenha antídotos ou cliques de dedos para fazer sair do estado catatónico.
Tenho medo que por não acordarmos, estes seres portadores de profundas patologias mentais sejam capazes de ter sucesso.
“O que deve assustar no totalitarismo, no fanatismo ideológico, não é o torturador doentio, é como pessoas normais são puxadas para dentro de uma dinâmica social patológica, vendo-a como um caminho normal, S.Haffner”.
É disso que eu tenho medo.

Estamos sob o feitiço da rainha madrasta. Todos em xeque. Para fazer mate a este sistema, precisamos despertar, mesmo sem o beijo de um príncipe.

E agora que até já estamos com mais força anímica(não, não saímos da crise), saída da oportunidade de fazer um sambô de bola, arranquemos o fígado dos males. Antes do Verão.

Porque o big brother is not just watching you he is fucking you…


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