quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Saíamos da nossa “zona de conforto” (no sentido contrário ao que uma ave de rapina um dia lhe deu),


Na espuma dos nossos dias

Antes que um grupelho de aves de rapina nos diga que o direito à vida não é nem universal nem inalienável, tornemo-nos melhores e saíamos da nossa zona de conforto, como se diz por aí.

Martin L. King temia o “silêncio dos bons” e neste momento os “bons” somos todos nós.
São aqueles que comem, calam e ainda aguentam. São aqueles que não saem da sua zona de conforto, seja lá onde ela for e se vendem por 20 dinheiros, ou um prato de lentilhas.
Ou nem se vendem. Pior. Ficam quietos e fazem tudo o que parece “certinho”.

Na sociedade escrava com assalariados do século XXI, neste novo regime que irá ser conhecido na História como o tempo das lâmpadas fundidas, por oposição ao Iluminismo, ser certinho e pagar os impostos, usar os bancos, dizer que sim às chicotadas do patrão, consumir desenfreadamente (quando se pode), deixarmo-nos seduzir por canudos que nada valem, sem procurarmos conhecimentos e educação verdadeiros e tantas outras seduções e manipulações a que nos acorrentamos, é estar numa zona de conforto da qual temos de nos libertar.

Os crápulas sabem que nem precisam de mandar os novos condenados para câmaras de gás.
Basta que façamos o que nos conduzem a ser: obedientes cegos, surdos e mudos.
Eles conseguem ser livres e fazer de nós os seus escravos. Sem distinção de cor, idade, género ou credo.

Precisamos elevar o nosso planeta a património da humanidade e a raça humana a nobel da evol-ução. Ou Love-ução.

A arte, a cultura, a educação, o conhecimento, dão-nos chão para nos libertarmos.
Para cultivarmos raízes profundas nas nossas consciências. Por isso os canalhas lhes largam fogo. Por isso não as deixam medrar.

Se não sairmos das nossas zonas de conforto, bloqueando e burlando o sistema, não fazendo as coisas direitinhas como eles esperam de nós.
Se não subvertermos o sistema e nos rebelarmos contra os canalhas, seremos engolidos pelo fogo. De uma câmara de gás moderna.
Talvez seja até necessário Grandolar ao estilo de algum inverno grego ou turco. Ou Islandês.
Precisamos de deixar de estar presos no silêncio. Sair das nossas zonas de conforto. Sobretudo as que residem nas nossas mentes.
Na fina linha que separa as nossas vidas escravas da liberdade.
A espécie está longe da perfeição mas nasceu livre e, não quero com o silêncio, um dia, dar razão a que se pode tirar a espécie das trevas, mas não se pode tirar as trevas da espécie.



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