Na espuma dos nossos dias,
Enquanto sou consumida por um vírus e me mantenho embrulhada na cama com
ele, nalguns momentos de lucidez, os dedos nas teclas e algumas partes do
cérebro mantêm-se activas.
A pensar em Maquiavel e nos seus ensinamentos enquanto leio as notícias. Moralidade
e política não se cruzam no mesmo caminho.
A parte dos neurónios que não foi arrasado pelo submarino TIR pergunta-se:
quem mais está na cama de quem?
O que é que parece que é, mas não é de facto?
A Ukrânia sofreu uma revolução, mas parece que uma elite entre USA e UE
está por detrás da tomada de poder. O FMI e a Goldman Sachs têm permissão para
controlar os recursos. Todos na cama com todos.Traição ao povo.
Na França mais um escândalo, o homem com nome de vírus manhoso (Sarkozy) é
denunciado por um ex homem de confiança, que gravou conversas manhosas cheias
de segredos e traições deste com muita gente. Tinha-se vendido, como aliás a
marioneta Hollande. Uns com outros na mesma cama. Traindo o povo.
O parlamento do Chipre não aprovou a privatização das suas empresas vitais há
5 dias atrás. Ontem aprovou. Cama quem com quem? Ora pois! Traição para com o
povo.
Como em Portugal, nós deixámos que segredos escondidos nas relvas onde
passos astutos se passeiam entre portas, se tornassem a nossa política. Feita
de traições, segredos e filosofia adquirida em chinatown. Muita cama.Muita
traição.
Percebe-se bem até onde Maquiavel tinha razão. Na política nada do que
parece é.
Ganha a Goldman Sachs no jogo da estratégia de controlo de recursos do
planeta. 100 a 0.
Pepe Mujica, Malala, Snowden, Papa Francisco, os que protestam na Tailândia
e na Venezuela e agora Putin, são nomes indicados para a mesma lista ao prémio
Nobel da paz.
Na mesma lista? (a final sai em Abril)
Coerente. Mais uma traição ao Nobel e ao povo.
Em Portugal preparam-se umas manifes importantes. Não sei bem de que lado a
polícia vai estar. Que vão estar em peso,isso é garantia. Porque parece que
eles (governo) têm medo do povo…
Eles (sempre a ambiguidade desta palavra que longe do anonimato tem muitos nomes)
têm ordens para trair o povo. A ver vamos.
Enquanto não me posso juntar a uma revolução fora da minha cama, anuncio
que o Carnaval vai durar o ano inteiro e, que vamos ter miúdas a tiritar e a
enfrentarem vírus, com o tamanho malévolo das ondas da Nazaré, a desfilar em
bikini durante todo o inverno em corsos permamentes.
Parece-me que existe um
único corso de carnaval, com um único carro nada alegórico: o de traições
maquiavélicas. Sem príncipes.
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