sábado, 25 de outubro de 2014

Traços de momentos e viagens


Ontem, falei sobre o livro e deu-me que pensar: em viagens :)
Sobretudo na que estou agora a fazer. Talvez a mais importante entre as mais importantes.
Registada num outro livro.
Quando entrei na estação do nascimento nem imaginava este empreendimento que seria a minha vida. No maior e mais perfeito relacionamento que a viagem da vida oferece.  Vida feita de olhares, cores, risos e brilho, em estações com gente. Gente que rega os meus sorrisos, planta sementes de amor, que duram uma vida, vê com sorrisos crescer os frutos e, limpa as lágrimas que caiem quando chegam os outonos e os invernos.
Como na natureza assim somos as estações por onde passamos, paramos, ficamos ou seguimos.
Tenho a certeza que esta é a razão para comprarmos o bilhete desta viagem. Visitarmos estações. Com gente. Tomarmos um cappuccino, ficarmos nelas, com elas, partilharmos risos, enxugarmos lágrimas e despedirmo-nos um dia. Para a viagem final.
Os bilhetes nunca esgotam. para cada dia iniciarmos uma viagem ou continuarmos a nossa.
Quando a morte me chamar no quadro electrónico, vou roubar-lhe a avareza: matando-a com a beleza das cores das minhas viagens.
Incluindo esta que agora faço entre montes de uma serra e amigos, que me deixam com marcas que guardo com avareza.

Obrigada a todos os que me semeiam, regam e colhem nesta viagem de vida. E são muitos. Todos os dias recebo colheitas.

Obrigada Luisa Silva e Jacinto Furtado por regarem as palavras a este meu livro,e, às letras que vão espalhando em meu nome.
Obrigada Luís Joyce Chalupa e Cristina Stoffel por me darem esta estação actual.
Obrigada a quem anda por aí a oferecer terreno às minhas palavras, lendo-as.
E agora, também ao Jornal de Monchique que também me fará chegar a mais uns, que se ligarão a esta minha viagem.
Que é tudo o que um autor pode desejar: companhia sem avarezas enquanto dura o percurso da viagem.

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