Como dizia Agostinho da Silva: “Educar é podar”.
Cultivar é educar. Mais que uma soma de saberes, uma
acção ou um poder é o tempo que deixamos que uma semente germine e frutifique
no espírito. Como na natureza.
O tempo, nos ciclos da natureza, vem nos educar sobre
como cultivar.
É dele que as raízes precisam para criarem laços
firmes e sadios com a terra.
É dele que os troncos precisam para se fortalecerem e
conseguirem ser o apoio dos seus frutos.
É a ele que os frutos verdes se abraçam até se
tornarem maduros.
O agricultor vai podando, para melhorar o trabalho do tempo.
Uns caiem podres com a dureza das estações no
crescimento. Outros manifestam a pureza da leveza da alma florescendo viçosos.
Assim somos nós. Todos. Respeitando cada ciclo do
tempo.
Assim nos vamos construindo individualmente. Com o
tempo e os seus ciclos de crescimento.
E com tempo construímos o colectivo.
A razão para não conseguimos respeitar os ciclos do
tempo, e, nos tornarmos árvores com frutos sadios é a corrupção sistemática.
Criada pelos homens.
É a maior guerra que temos de enfrentar para combater
a pobreza, a miséria, a fome, a violência dos nossos dias.
Pode ser desfeita pelos homens.
Através da cultura do espírito vinda da Educação. E
quando ela nos é cortada, limitada ou dificultada, significa que ervas daninhas
invadiram a terra. Extirpá-los é a única solução. Com tempo e sabedoria.
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