De longe, de onde me observa,
Convido a morte
A acolher-me um pedido:
sei que tens um segredo,
o mistério que a todos
traz dor e medo,
sei que me vens buscar
não sei hora, nem dia,
nem como, ou lugar
quando a tua sombra
na minha sombra se fundir,
quero que dances comigo
na viagem dourada,
num doce balançado
cruzamos
um passo de rumba,
uma vénia de samba
num pas de deux
nu
de semba transpirado
as minhas contas prestarei
no cetim da dança.
Vivo a vida por amor
enquanto me balança
quero dançar até morrer
no amor da dança me perder
se assim for,
entrego-te as rosas sangue
e vou comigo tudo levar
de
saudade e cor.
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