Era um fim de tarde ameno. Docemente ameno. Sentado na almofada de algodão que atirava raios doirados como beijos serenos pelos prados cobertos de gira-sóis, enquanto trincada uma azedinha,Deus dormitava. Ou meditava. Era esse o seu estado depois de ter passado um tempo sem tempo,a criar o mundo. Não eram os 7 dias que os homens, essa espécie pouco sabedoura das coisas de Deus proclamava. Cansava-se a ouvi-los cheios de verdades.
Tinha acabado o último molde e estava serenamente pensativo. Ou docemente melancólico. Já tinha conseguido tanta quase perfeição,que restava-lhe a obra de arte que todos os artistas um dia esperam criar.
O canto das sereias embalava-o. Era um bocadinho sem melodia, mas elas eram felizes assim. Não se tinha preocupado muito a fazer aquele molde, foi quase numa aposta consigo próprio. A brincadeira tinha dado um resultado bonito. E cativava o imaginário dos poetas e dos contadores de histórias. Afinal, ele próprio tinha-se como um poeta mas também com sentido de humor.
Não sabia o que o esperava quando o molde saísse do forno. Esperava ter aquele momento que um dia iria inspirar Einstein, o momento " humm que engraçado...". Esse seria o ponto certo da cozedura.
A languidez do momento arrastava-o para sonhos quase impossíveis. Queria que o coração conduzisse o cérebro naquela que considerava a sua maior inspiração. Fez com que isso acontecesse e deixou-se levar. O cérebro nada teria a ver com a sua obra de arte absoluta. Encantado com o seu sonho, adormeceu.
Bip,bip,bip soou a máquina da criação. Três vezes era o sinal de conclusão de uma peça.
Deus despertou e sentiu-se nervoso. Percebeu que estava emocionalmente afectado pelo seu sonho de criação. O coração era dono de si. E aquele, ah aquele momento, era o momento que tanto ansiava.
Abriu a porta e sentiu a invasão de emoções. Foi tomado pelo júbilo. Deixou-se possuir pela cor, pela alegria, pelos gestos, pelo doce andar,pelo sereno encantar. Estava ali a sua maior realização: acabava de conceber a maior obra de arte da história da criação.
E Deus descansou.
Tinha acabado de nascer a mulata.
Docemente amena era o entardecer feito da cor cobre oferecida do mel de rosmaninho que cobre e adoça a mulata.
O universo tornou-se perfeito com o sonho que Deus lhe ofereceu.
O canto das sereias embalava-o. Era um bocadinho sem melodia, mas elas eram felizes assim. Não se tinha preocupado muito a fazer aquele molde, foi quase numa aposta consigo próprio. A brincadeira tinha dado um resultado bonito. E cativava o imaginário dos poetas e dos contadores de histórias. Afinal, ele próprio tinha-se como um poeta mas também com sentido de humor.
Não sabia o que o esperava quando o molde saísse do forno. Esperava ter aquele momento que um dia iria inspirar Einstein, o momento " humm que engraçado...". Esse seria o ponto certo da cozedura.
A languidez do momento arrastava-o para sonhos quase impossíveis. Queria que o coração conduzisse o cérebro naquela que considerava a sua maior inspiração. Fez com que isso acontecesse e deixou-se levar. O cérebro nada teria a ver com a sua obra de arte absoluta. Encantado com o seu sonho, adormeceu.
Bip,bip,bip soou a máquina da criação. Três vezes era o sinal de conclusão de uma peça.
Deus despertou e sentiu-se nervoso. Percebeu que estava emocionalmente afectado pelo seu sonho de criação. O coração era dono de si. E aquele, ah aquele momento, era o momento que tanto ansiava.
Abriu a porta e sentiu a invasão de emoções. Foi tomado pelo júbilo. Deixou-se possuir pela cor, pela alegria, pelos gestos, pelo doce andar,pelo sereno encantar. Estava ali a sua maior realização: acabava de conceber a maior obra de arte da história da criação.
E Deus descansou.
Tinha acabado de nascer a mulata.
Docemente amena era o entardecer feito da cor cobre oferecida do mel de rosmaninho que cobre e adoça a mulata.
O universo tornou-se perfeito com o sonho que Deus lhe ofereceu.
Dedicada às mulatas, todas. Em especial as minhas, da minha tribo.
Em especial as minhas neta Alice e sobrinha Amali.
Em especial as minhas neta Alice e sobrinha Amali.
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