quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Na espuma dos nossos dias (e o vazio por ondas lusófonas)

Parcerias estratégicas que chegam ao fim, decididas unilateralmente, e, o vazio…
Processos de justiça sobre corrupção e lavagem de dinheiro na 5 a sec lusa que se encerram (deve ter ficado provado que são todos filhos inocentes) e, o vazio…
General angolano procurado pela Interpol e pela PGR o Brasil por tráfico de mulheres para vários países, e, o vazio…

Casos de submarinos submersos por desaparecimento de provas de corrupção e o vazio…
Casos de bancos falidos, revendidos e apenas pagos por uns, e o vazio…

Raptos, mortes e o cheiro fétido a morte vinda de uma guerra que ninguém quer, feita apenas com o sangue de jovens que eliminaram a palavra do vocabulário, porque já só existem bradas, e… o vazio…

(Como me disse uma mãe, em Sofala, antes de eu regressar de lá, depois dos 1ºs confrontos: “ já avisei o meu filho, que se a guerra começar, deve largar as armas e fugir”). Eu daria o mesmo conselho ao meu.

Em Bissau militares que desmandam, sugam, violentam os princípios básicos de um Estado, que se quer de direito e apenas mostra a cada dia que passa quão torto está, e, o vazio…

Drogas, diamantes, petróleo, todos têm a cor do sangue e, o vazio…
Brasil, Cabo-Verde,Timor também não escapam aos crimes contra a humanidade e, o vazio…

O vazio no banco dos réus.

Somos mesmo uma latrina, (como diz uma amiga), mal frequentada (como dizia Eça) que cheira a fedor…(não é engano)

Salvam-se os povos, que estão inquietos e avassaladoramente mergulhados em merda e, sem culpa formada. 
Ou sem responsabilidade pelo carácter das suas cúpulas.

Aproveitemos a liberdade que nos resta aqui, e aquela que se pode ter nos outros países, para usar o mesmo fervor a defendermos as nossas Nações e cidadãos, como aquele que usamos para defender os nossos futebolistas e clubes.

Ou merecemos este cócó todo.

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