O milagre da
vida somos nós e a inspiração aconteceu com um vídeo de um parto natural. O
nascimento faz-me devolver o amor pela vida. Que é a razão de sermos. Mesmo que
sejamos uma experiência de loucos.
Somos um
reflexo da luz e não das sombras. E estamos a acordar a nossa consciência.
”O mundo não
é violento. Tem violência”.
A ditadura
disfarçada de democracia tem a máscara prestes a cair. Penso isto, pela agonia
e pela convulsão profunda quase apocalíptica que vivemos.
Quando
comecei a estudar a linguagem do tarot aprendi que ela mais não é que o segredo
das etapas do homem na nossa dimensão. Por metáforas simbólicas. Em linguagem arquetípica.
Concordo com
um grande professor desta linguagem, Alejandro Jodorowski que esta é a fase do
Eremita, o número 9, que é a convulsão profunda que se vai abrir à metamorfose/mutação.
Para que ela
aconteça, temos que mergulhar na escuridão, na sombra.
O eremita
segue com a sua lâmpada e avança. Sem saber para onde vai, ou por onde é o
caminho. Avança apenas.
Como a água,
toma sempre a forma do recipiente que a contém. Isso não é anulação, é
aceitação e adaptação.
Com
confiança, o Eremita como a água, dançam com a angústia, encaixam na forma, à
espera do momento de abertura para sair a borboleta.
Temos pequenos
sinais de luzes aqui e ali e chegará o momento de fim e transformação.
O eremita fechará
um ciclo e começará um novo, com a Roda da Fortuna, o nº10. Nascemos de novo.
Estamos no
justo momento do final do Apocalipse quando a inteligente Eva disse a Adão para
desobedecerem, re-evolucionarem o “paraíso” e saírem da ilusão de realidade que
observavam e, comerem da árvore da sabedoria.
Ganhariam a
eternidade ao mostrarem a sua inteligência, e por isso foram expulsos. Começou de
novo a transformação para entendermos que somos o todo e a consciência do
universo. E o amor à vida é a essência de quem somos.
A esta mãe agradeço
este gesto profundo de amor.
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