quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Na espuma dos nossos dias, I

O milagre da vida somos nós e a inspiração aconteceu com um vídeo de um parto natural. O nascimento faz-me devolver o amor pela vida. Que é a razão de sermos. Mesmo que sejamos uma experiência de loucos.
Somos um reflexo da luz e não das sombras. E estamos a acordar a nossa consciência.

”O mundo não é violento. Tem violência”.
A ditadura disfarçada de democracia tem a máscara prestes a cair. Penso isto, pela agonia e pela convulsão profunda quase apocalíptica que vivemos.

Quando comecei a estudar a linguagem do tarot aprendi que ela mais não é que o segredo das etapas do homem na nossa dimensão. Por metáforas simbólicas. Em linguagem arquetípica.

Concordo com um grande professor desta linguagem, Alejandro Jodorowski que esta é a fase do Eremita, o número 9, que é a convulsão profunda que se vai abrir à metamorfose/mutação.
Para que ela aconteça, temos que mergulhar na escuridão, na sombra.
O eremita segue com a sua lâmpada e avança. Sem saber para onde vai, ou por onde é o caminho. Avança apenas.

Como a água, toma sempre a forma do recipiente que a contém. Isso não é anulação, é aceitação e adaptação.

Com confiança, o Eremita como a água, dançam com a angústia, encaixam na forma, à espera do momento de abertura para sair a borboleta.
Temos pequenos sinais de luzes aqui e ali e chegará o momento de fim e transformação.

O eremita fechará um ciclo e começará um novo, com a Roda da Fortuna, o nº10. Nascemos de novo.

Estamos no justo momento do final do Apocalipse quando a inteligente Eva disse a Adão para desobedecerem, re-evolucionarem o “paraíso” e saírem da ilusão de realidade que observavam e, comerem da árvore da sabedoria.

Ganhariam a eternidade ao mostrarem a sua inteligência, e por isso foram expulsos. Começou de novo a transformação para entendermos que somos o todo e a consciência do universo. E o amor à vida é a essência de quem somos.

A esta mãe agradeço este gesto profundo de amor.





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