Os políticos são também o equivalente aos duendes maravilhosos dos contos
de La Fontaine.
Exceptuando 1 ou 2 vá, mauzitos, com nomes, bigodes e figuras a apelarem ao
sexo, mas não fazem mossa (se escrevesse moça e não mossa queria dizer moça e
não mossa entenderam?).
O PR fez declarações de final da recessão em Portugal, na Suécia, que nada têm de
palhaçada.
O PM está-se a cagar, ou a borrifar (vai dar ao mesmo com menos mau cheiro)
para as eleições, porque não só as perdeu como é o equivalente a um unicórnio
nos contos dos irmãos Grimm. Só existe com poder na sua própria imaginação.
Num país onde os pobres pagam muitos impostos e os bancos poucos e são resgatados pelos pobres, temos uma chanceler que face (não de face em anglo-saxofónico-porque hoje é
dia da música) aos nossos protestos de rostos visivelmente castigados pela
fome,
(para uns está muito mau e para outros a dificuldade reside em não
conseguirem comprar o Iphone qualquercoisa), resolveu perdoar a dívida
portuguesa, como esse grande país de trabalhadores meticulosos e obedientes, um
dia recebeu perdão.
Mesmo que em circunstâncias históricas diferentes. Para mim, também estamos em guerra agora.
Mesmo que em circunstâncias históricas diferentes. Para mim, também estamos em guerra agora.
“Mas isso agora não interessa nada”.
Pelas declarações dos nossos mais altos representantes, fico com a ilusão
de que vamos ser livres e que estas eleições foram uma lufada de ar fresco.
Vivemos numa pseudo- democracia em pseudo- liberdade. Mantêm-nos na ilusão
da liberdade presos a dívidas. Convenientemente.
O único que vive em liberdade é o grandioso Isaltino.
E na sua liberdade, ganha eleições e festeja-as com o seu povo. De uma
janela fashion com cortinas aos quadrados.
A dívida fica para os eleitores do concelho com mais licenciaturas por m2. Todos
deveríamos aprender com exemplos de tamanha sabedoria.
Pelos vistos os nossos licenciados aprendem bem.
Aprendi com estas eleições que PSD,PS,CDS,BE perderam todos. Ganharam umas
camaras, perderam outras, mas a regra foi perderem em número de eleitores.
Onde foram eles parar?
Na verdade ganharam as pessoas que ou se abstiveram (quase 50%),os
votos brancos e nulos (os que lá foram e protestaram, mesmo não servindo para
nada). De liberdade nada têm.
Os que votaram nestes partidos, porque são como os cães de Pavlov e
devem favores ou os outros porque ainda acreditam em unicórnios e fadas,
perderam de facto.
Acredito que por convicção, foram apenas os votos que fizeram aumentar o nº
de eleitores na força politica que come criancinhas ao pequeno-almoço, a CDU. Que
ninguém hoje acredita mais que as comam, naturalmente.
Eles nem sequer frequentam Igrejas ou estudam para padres…
Daí o PM se estar a borrifar para eleições, o PR avisar os estrangeiros que
saímos da recessão.
Estamos a comprar mais iphones, vamos passar a comprar mais roupas com
estilo em Dezembro a conselho da apresentadora, os concorrentes da casa dos
degredos aumentam-nos o nível de felicidade, o Sócas vai lançar um livro sobre
qualquer coisa que não interessa a quem acredita em duendes e unicórnios, a
Sónia Brazão não se assume responsável pela explosão da sua casa e por fim, o
único que foi visto a ir aos mercados no dia 23 foi o Walliveira e Costa. Nas
Caraíbas. Comprar maracas e calções de banho.
E eu, fui lá, comprar coentros para a açorda.
O que acabo de vos contar foi a história que vi num programa BBC vida
selvagem, munida de um kit sobrevivência que inclui um iphone com o sistema
operativo antigo porque o novo dá muitos erros, uma barra de nutela para não
entrar em hipoglicémia quando acontecer o terramoto, e, a história era contada
pela chanceler Merka de olhos lacrimejantes, antes de assinar o perdão da nossa
dívida.
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