Não sou
católica, não celebro a Páscoa. Mas gosto dos ensinamentos que Jesus trouxe na
sua passagem pela terra.
Os ensinamentos humanistas pelos quais me conduzo na
vida. Mas que não vejo disseminados e interiorizados como seria ideal.
Passaram-se dois
mil anos e tal e ando a questionar-me, hoje inspirada em Henry Miller e em Kurt
Vonnegut, pagãos como eu, mas humanistas no coração.
Sabemos que as
soluções para o mundo passam por incluir toda a humanidade. Sem nenhum ser
ilegal, excluído ou empurrado para fora.
Sabemos que o
código de Hamurábi pelo qual nos regemos ainda há mais milénios antes de Jesus,
“olho por olho, dente por dente”, nos comanda nesta cadeia de sangue, morte,
destruição e vingança.
Como já não há
fogueiras, há a condenação à vida em miséria.
Vamos continuar
a perpetuar a insanidade deste código que nos quer cegos e desdentados?
Ou ressuscitamos
o ensinamento “Desculpa-os Pai, porque eles não sabem o que fazem?”
Encontro-me
neste conflito. Entre pedir ao Pai que os perdoe por nos terem condenado a esta
vida, mas disposta a pegar em armas para os combater, já que apenas sermões não
surtem efeitos. Aguardo o momento da epifania na minha vida enquanto entardeço.
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