Na espuma dos nossos dias,
Desculpem interromper-vos não vos vou
dar conta de nada de novo, só quero relembrar por uns segundos algo que sabem.
O desmoronamento do Império moderno da
Babilónia (vindo do seu antecessor e que tanto nos influencia no presente) está-se
a repetir.
No Brasil, na Faixa de Gaza, na
Hungria, na Ucrânia, em Portugal, no Sudão, em Angola, na Nigéria, em
Moçambique, nos EUA e até em lugares que não me lembro tantos que são.
Para um sem número de parasitas somos
umas cobaias perfeitas. Fáceis de usar, de moldar, de comandar e tantas
palavras com a mesma terminação.
Parece-me ainda que estamos a perder a
capacidade de persuasão e reversão do sistema seja através do voto, dos
protestos ou das petições.
Há bolhas prestes a rebentar em todos
os lados. Estamos dentro da bimba panela de pressão, a ficar sem válvulas de
escape (o último é o desporto rei).
Na minha aldeia encostada ao oceano, se
rebentar, apanho o cacilheiro para… o deserto, na margem sul de lado nenhum.
A humanidade tem à mão tecnologia para nos
mandar a todos para o espaço.Num momento de renascimento do big-bang.
Ou na melhor hipótese para o novo
planeta semelhante à Terra e recentemente descoberto. Prefiro esta opção.
Quero-me concentrar em usar o método
científico (o cepticismo) para resolver o meu futuro já que não reconheço a
autoridade de quem hoje tem autoridade.
Inspirando-me em Shakespeare “they have a
plentiful lack of wit”.
-o que quero ser hoje e o que quero ser
quando for uma sobrevivente crescida?
Imaginando que a bolha cria musgo e uns
revolucionários e rebeldes junto com hackers conseguem fazer cair a estrutura,
como posso ajudar a mudar?
Vou pensar no que me trouxe até aqui a
seguir à última Babilónia. O paradigma da era industrial:
-Trabalhar para ganhar dinheiro para
comprar coisas para me fazer feliz.
O dinheiro e o consumo vão continuar a
ser a nossa razão de viver? Vamos continuar a ter o trabalho como prioridade
para pagar coisas?
A felicidade tem estas curvas transcendentes
para ser assim perseguida?
Não, não sou feliz assim! Nem a
felicidade é amanhã, com coisas, ou por causa de coisas. Digo eu que sou apenas
mais uma tola.
Vamos usar o conhecimento não apenas o
que vem no google e na wikipédia que são esculpidos por nós mas também.
Vamos usar a tecnologia, as artes. Vamos
usar as nossas potencialidades infinitas e os recursos à nossa frente.
Vamos ter que trabalhar e ser criativos
pelo menos até aos 70 anos, antes de nos tornarmos uma inutilidade para o
combate corpo a corpo, por isso lutemos agora que já somos lixo.
Que seja com “wit”.
Voltem ao que estavam a fazer, ler,
estudar, ouvir, conversar.
A queda da Babilónia vai continuar até
chegar a vez de cada um de nós. Nessa altura por defeito do programa manda executar
o comando: apagar de vez do caixote do lixo.
Hoje dia mundial do livro celebro
também o dia de aniversário de um dos maiores autores de todas as eras, W. Shakespeare.
Dele fui buscar inspiração.
Precisamos de “wit” e livros em
quantidades abundantes.
Livros e vida são arte.
A vida transcende-se nos livros que são
obras de arte. Os livros esculpem arte na vida de quem os lê. Quem não lê lacks of wit. E deixa
a arte de pensar entregue aos sabotadores da sua vida não lhe dando formas nem
curvas.
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