Não sei quanto do tempo dela se
demorará em mim.
Tenho obrigações e
responsabilidades para com ela.
Não me autorizaram a vir cá apenas
a passeio. Numa reunião sem power points explicaram-me «vai, demora-te no que
te fizer feliz, torna curtos os momentos difíceis, encerra-te nos teus sonhos,
liberta-os, liberta-te dos constrangimentos, passeia-te, viaja-te, encanta-te,
ama, experimenta-te».
Deixaram-me porém um proibimento,
no momento das recomendações finais, «Não podes em circunstâncias de risco
navegar à vista».
Eu e a vida, por sermos amantes vítimas
de amor inexplicável, intangível, tenho a responsabilidade e o compromisso de
honra para com quem me deixou um legado e para com quem vou legar a minha
passagem.
Pende uma pena de castigos forçados
se incumprir o delito de cuidar.
Uma das minhas responsabilidades é
de perturbar o sono, o descanso de quem estiver ainda a deixar que a vida “se
navegue à vista” nos dias que passam, com um mar cheio de tormentas. O leme tem
de ser resgatado por cada um de nós. A bússola tem de ser descoberta no meio do
sal trazido pela espuma, limpa e colocada no centro do convés da jangada. Para
orientação de todos.
Mesmo que haja quem bata palmas
quando vê homens seus serem tragados por uma atormentada e inesperada onda.
Tudo e o que quer que seja que
afecte este local comum, afecta cada um de nós, as pessoas que amamos, a vida
que queremos e que amamos.
Diz-me intimamente respeito. E a
cada um de nós. Sim, e a ti que estás a ler, também.
Vivemos circunstâncias que tanto
nos podem descontinuar como raça, como criar saídas com as maravilhosas
potencialidades da evolução na mão, para transformarmos o nosso mundo e a nossa
vida.
Qual foi afinal a parte que ainda
não entendemos sobre estarmos perdidos, desorientados, desregrados e em
profundo desvario?
Cada dia sou sacudida e atordoada
pelas ondas que sacodem e varrem o convés da jangada, através das guerras
instaladas em todos os cantos, dos ódios, das mentiras, das manipulações e
desinformações.
Em particular neste canto da
jangada, neste país em puro estado de abandono, enjeitado como um filho de uma
mãe sem sentimentos, os políticos e os “banksters” desregulados, atingem os píncaros
com os desvarios e dislates.
Até já nem os “sensuro”. “Bloquiarei”
esta gente da minha vida. Já não os “tulero” mais. Entraram em modo “fodidos
para sempre” e em descontinuação.
Acabo de receber um sinal vermelho para
desinstalar o programa no meu chip «erro no programa» e
«espécie em descontinuação».
Ultimamente e com frequência recebo
no meu cpu a mensagem «foda-se, mas que merda é esta? Evoluíram até aqui e
agora estão a foder tudo? Foda-se!! Criem uma solução e já. O tempo está-vos a
ultrapassar…»
Já comecei a fazer a minha parte,
conforme as instruções que recebi. Cada um de nós tem essa obrigação.
Porque a vida é a arte permanente de
criar soluções. E eu não me vou deixar afundar sem fazer aquilo a que me propus
no meu contrato com a vida. Sair daqui pela porta principal.
E desculpem qualquer dislexia.
Prometo voltar à escola, quando ela
existir, para receber um subsídio qualquer, que me segure, e, conserte os erros
de fabrico.
John Hunter professor e uma lição sobre a Paz. Feita com alunos, pelos alunos. Os que vão herdar o mal que estamos a deixar. E eles estão a criar as soluções. Obrigada. Desculpem a nossa irresponsabilidade, a nossa incapacidade de encontrar soluções.
De vermos o caminho comum, feito de bondade e de solidariedade.
http://www.ted.com/talks/john_hunter_on_the_world_peace_game
John Hunter professor e uma lição sobre a Paz. Feita com alunos, pelos alunos. Os que vão herdar o mal que estamos a deixar. E eles estão a criar as soluções. Obrigada. Desculpem a nossa irresponsabilidade, a nossa incapacidade de encontrar soluções.
De vermos o caminho comum, feito de bondade e de solidariedade.
http://www.ted.com/talks/john_hunter_on_the_world_peace_game
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