“O amor tem todos os direitos e nós todos os deveres”
Hoje cruzei-me
com a lua. Tinha-se pintado de vermelho para se ir encontrar com o sol às
escondidas.
Disse-me ela
antes de se anunciar ao seu amor, «Deixamos que a estrada nos leve. Começamos no
beco do nada a acabamos na rua lajeada de amor.
Escolhemos viver
na luz que emprestamos um ao outro porque encontramos o que de nós resta e
tornamo-nos maiores do que imaginamos.
As nossas almas
não se encontram a percorrer nenhuma estrada para lugar nenhum. Nós é que
percorremos uma estrada na sua direcção. Um dia cruzar-nos-emos. Connosco
próprios.
Nenhum caminho deveria
ser proibido nem ter limites. Nem planos. Para partirmos melhor do que
chegamos. É esse o nosso dever.
A cada novo
caminho descoberto esculpo um raio que espreita entre as nuvens para renascer
amanhã. Junto do meu sol. Assim me transformo eternamente.
Imaginei, criei,
senti no coração antes do novo raiar. Apaixonadamente. Para este meu ser,
fiz-me nascer forte»
Hoje a lua
pintou os lábios de vermelho para se ir derramar sobre o sol.
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