O encantador de almas:
-Sinto! Por isso existo como
pensamento.
A alma é. Com ela sentimos. Por
causa dela pensamos.
Ela dá luz ao corpo.
Entrega luz ao intelecto e às
emoções.
Nesse lugar de refúgio,
sento-me e encontro-me.
Até ao momento de dar à luz quem
serei.
Onde me poderei a(l)mar sem fim.
O pensador, de Rodin, nesta obra de
Bansky é o retrato da humanidade que perdeu a sua alma. Nos seus escombros, o
pensamento precisa de se sentar, recolher-se ao lugar silencioso onde tudo
existe com a luz da alma.
E voltar a sentir. Engravidar-se de
luz e renascer. A partir da alma, o onde tudo é. Onde nos podemos voltar a
encantar.
Sinto-me cansada de violência
diz-me a alma. Quero sair deste ciclo.
Pensemos pois os nossos escombros.
Sintamos a alma. E renasçamos com ela.
Respondo-lhe: como Phoenix.
Dos escombros da Grécia, Phoenix
ergue a sua alma. Chegará certamente o nosso dia.
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