Tombada no chão
de pés de bestas
aperta-me a respiração
com esta política
de eliminação,
O fio que teima em sair
é a vida a querer subir
antes de uma irrevogável alienação
vinda dos acordos por baixo de panos crus
roendo-me a imaginação
para nos deixarem nus
de novo um solavanco me tenta deixar cair,
vou buscar a única solução,
prefiro morrer a tentar-me levantar
que sem vida tombar
sem sequer me esforçar
Vou en-cravar-lhes espinhos vermelhos
que encham a engrenagem de pó
até que a próxima revolução
me venha encontrar
e escrava sem dó
com estas bestas acabar
Sou um cravo
escravo
espinhado
mas erguido
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