Não entendo
esta linguagem de violência
não entendo a razãodesta demência
da fome, da matança
só posso continuar a gritar:
não
o mar os seus espíritos nutre
que o mar perdoe
os seus violentadores
que semeiam nas suas entranhas a morte torpe
que o mar no seu balanço os corpos purifique
que o mar no seu canto apazigúe
que o mar para as suas almas seja libertador
esta linguagem de violência
não entendo a razãodesta demência
da fome, da matança
só posso continuar a gritar:
não
o mar os seus espíritos nutre
que o mar perdoe
os seus violentadores
que semeiam nas suas entranhas a morte torpe
que o mar no seu balanço os corpos purifique
que o mar no seu canto apazigúe
que o mar para as suas almas seja libertador
Foto de Xavi Piera
Senhores aí do barco, eu tenho direito de viver onde quero!
Até no meu país. Mas não posso.
Assim como aqueles meus irmãos que morrem a fugir. Mas não podem.
Por circunstâncias criadas por vocês perigosos predadores.
Tenho a sorte de não ter de atravessar o Mediterrâneo
como o fazem irmãos meus que já vos deram tanto lucro.
Também fui obrigada como tantos milhares a sair do meu país.
Não por culpa minha, mas inteiramente vossa.
E já vos demos tanto lucro!
Mas tenho a sorte de não ter um mar Mediterrâneo
e estou viva.
Outros irmãos meus não.
Por vossa causa e da vossa psicopatia grave.
Vocês são os únicos que não considero meus
irmãos!
E dizer isto eu posso
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