Respondendo
a um (a) lobotomizado (a) que criticou um dos meus textos, naturalmente escrevo.
Gosto de críticas e confrontos. Que usem o pensamento. Não foi o caso.
Respondo
a todos os que continuam a tocar a música na mesma e única nota de “os
portugueses estão mal habituados” e pergunto: O que significa a vida para vós?
Mesmo que haja maus hábitos a corrigir, que os há.
De
onde vem a cegueira que invadiu o sentir dos vossos corações e o branqueamento
da razão no vosso pensamento?
A
vida a que nos devemos habituar é a de ser miserável e deixarmo-nos subjugar
por gente de pensamento terceiro-mundista?
Eu
não acredito no 3º mundo, acredito que há pessoas que fazem tudo para convenientemente
manter o 3º mundo, na medida dos seus interesses.
Ou
no 3º e 4º mundo (em que nos estamos a transformar) vivemos mal habituados
tamanho é o conforto? Tenho passado largos anos no chamado terceiro mundo e
garanto que a visão dos esfomeados é ter uma vida livre, sem fome. Sem fome de
nada do que pertence ao ser humano por direito inerente à vida. Tal como vem
escrito na Carta Universal dos Direitos do Homem herdados da Revolução Francesa, a que vem nas Cartas das Constituições Democráticas, sendo a mais democrática a
da RSA pós apartheid até chegar à Portuguesa.
Não
sou do tipo de passar a vida a lamentar-me. Experimento a vida fazendo, agindo,
indo à luta com ela. Deixando que ela me indique o caminho do que não posso
controlar e dando passos para agarrar qualquer oportunidade. Sei ver com o
cérebro e com o coração as maravilhas que me rodeiam e quero que todos os
outros as vejam também. Porque esse direito nasce igual para todos.
Mas
passo e passarei a vida a lamentar a visão terceiro mundista de quem nos quer nesse
mundo e dos que julgam que esse é o melhor para nós.
Até
passar para um universo paralelo, ou ver este universo em paralelo com a visão
que tenho de um mundo desenvolvido. E o pior é que nos querem uns contra os outros.
É o biscoito da manipulação e ainda há quem o coma e digira.
Em
política não existem certezas nem verdades absolutas. Existe pensamento e
atitudes. Que geram acções. E as que estão a ser geradas são terceiro
mundistas, por gente que nem usa o pensamento. Para quê eles próprios lerem,
estudarem, pensarem? Usam apenas os modernos manuais do grande filósofo
Tiririca e do tio Patinhas.
Por
enquanto temos fome, doenças físicas e mentais agravadas pela austeridade
brutal, mulheres que morrem pela violência e discriminação, homicídios fruto de
uma sociedade violenta, suicídios, crianças mal nutridas, homens e mulheres sem
perspectivas, velhos sem cuidados. Países sem direito a educação, justiça, e a
saúde para todos.
Todos
temos o dom de pensar e a obrigação de usar esse pensamento e o coração, para
servir os melhores interesses e a qualidade de vida da humanidade. Essa é a
minha visão da vida.
Os
seres humanos vêem com o cérebro não com os olhos. Usemo-lo em conjunto com o
coração para sermos dignos desta grande experiência que é a vida.
Num
lugar onde educação e cultura cada vez têm um papel mais irrelevante para não
estimular o pensamento, aceito gente que pense de forma diferente da minha, mas
assumo-me intolerante para quem tem uma visão terceiro-mundista da vida. Sem
pensamento ou sem coração.
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